Redução dos custos do Maracanã pode manter indefinição sobre projeto do estádio do Flamengo

O Conselho Diretor do Flamengo solicitou ao Conselho Deliberativo uma reunião na próxima segunda-feira (11), com o objetivo de apresentar aos conselheiros do clube resultados da concessão do Maracanã, que o rubro-negro divide com o Fluminense.

De acordo com o informado inicialmente pela coluna do Lauro Jardim , o encontro servirá também para a atual administração, de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, detalhar por que não faria sentido econômico a construção de um novo estádio na região portuária do Rio de Janeiro, conforme o plano do ex-presidente Rodolfo Landim.

O GLOBO apurou que há a expectativa de que o dirigente apresente números relacionados à diminuição dos custos do Maracanã desde o início da gestão de 20 anos da dupla Fla-Flu, iniciada em 2024 e atualizada neste ano. Os dados serviriam como argumento para descredibilizar o projeto do estádio próprio.

Após a repercussão observada nesta terça-feira, há um movimento interno para que a reunião seja adiada.

Desde que Bap assumiu o comando, os trâmites para a construção do estádio estão paralisados. O terreno do Gasômetro foi adquirido em leilão no fim do ano passado, após intermediação da Prefeitura do Rio de Janeiro junto à Caixa Econômica Federal. Porém, a assinatura final do acordo ficou para a nova gestão.

Estádio do Flamengo ocupará a área do antigo Gasômetro, desapropriada pela prefeitura — Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo
Estádio do Flamengo ocupará a área do antigo Gasômetro, desapropriada pela prefeitura — Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo

Bap postergou a decisão para realizar estudos de viabilidade econômica mais sólidos, e chegou a solicitar o adiamento do prazo inicial de 60 dias para concluir o processo. O GLOBO não conseguiu contato com a gestão para entender os próximos passos.

A oposição entende que o presidente está desrespeitando o acordo ao arrastar a decisão final sobre o terreno. Há chances de que o resultado do leilão do ano passado seja anulado, o que faria o dinheiro retornar ao Fla e o espaço voltar para a Caixa.

Não há prazo definido para isso acontecer, já que também depende da atuação da Prefeitura, que intermediou o acordo com a Caixa e se mantém à disposição, como Eduardo Paes reiterou no último mês.

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Fonte: O Globo
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