Criação ofensiva em baixa é desafio do Flamengo na busca por vaga nas quartas da Copa do Brasil

Um caminho para o Flamengo desbancar o Atlético-MG e se classificar às quartas de final da Copa do Brasil passa por destravar seus recentes problemas de criatividade ofensiva. Após ser derrotado por 1 a 0 no Maracanã, na quinta-feira passada, o rubro-negro precisa de uma vitória por pelo menos dois gols de diferença em Belo Horizonte para não depender da disputa de pênaltis. No entanto, nos últimos jogos, especialmente contra o time mineiro, a equipe de Filipe Luís “bateu na parede”.

Há dez dias, pelo Brasileirão, o rubro-negro venceu o mesmo Galo por 1 a 0. Ambos os encontros tiveram encaminhamento parecido, com o alvinegro aplicando marcações individuais nos pontos cerebrais do time carioca, o que dificultou jogadas mais trabalhadas. A diferença para a vitória do Flamengo naquele dia foi a bola parada — Luiz Araújo cruzou para Léo Ortiz marcar de cabeça —, o que rendeu elogios à comissão técnica e à atuação de Rodrigo Caio, contratado em maio como auxiliar permanente.

— É um especialista nisso. Nos motiva muito e nos pede muita concentração. Pela quantidade de jogos que temos, às vezes não dá para trabalhar muito no campo, mas ele passa muitos vídeos — disse Léo Ortiz. — É um fator muito decisivo em partidas como essa, que são decididas no detalhe.

Antes, na vitória por 2 a 1 sobre o Bragantino, Léo Pereira havia marcado de cabeça um gol decisivo após cobrança de falta ensaiada, assim como Pedro definiu a vitória por 1 a 0 contra o Fluminense. Ao mesmo tempo, esses resultados maquiaram a queda de boas jogadas feitas pelo chão.

O último jogo em que elas realmente foram efetivas foi na vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, no dia 12 de julho — coincidência ou não, o último jogo mais vistoso apresentado pelo Flamengo. Desde então, as partidas vêm sendo marcadas por certa burocracia na frente, apesar da ampla posse de bola — média de 65,7% desde o retorno da Copa do Mundo de Clubes —, e demora para encontrar os gols.

Luiz Araújo e Bruno Henrique fora

A primeira vez que a equipe marcou no primeiro tempo ao longo do último mês foi no domingo passado, no empate por 1 a 1 com o Ceará. Por sinal, o gol de Arrascaeta foi originado em bola alta lançada por Léo Ortiz.

Hoje, a tendência é que o Atlético-MG, tendo a vantagem inicial, dificulte ainda mais a vida do rubro-negro. Luiz Araújo segue como desfalque por conta de controle de carga, e Bruno Henrique se juntou a ele. A boa notícia é a volta de Pedro e Wallace Yan, que estavam suspensos no jogo do Brasileirão no domingo.

— A criação é bloqueada pela qualidade defensiva do adversário. Podem olhar nas estatísticas quantas vezes os times do Cuca são goleados. Defende bem, e o modelo de jogo passa muito por essa fase defensiva. Vão ter outros jogos que não vão ser assim, outros que sim — disse Filipe Luís após a derrota na primeira partida.

As dificuldades apresentadas pelos desfalques e o comportamento dos adversários levaram o Flamengo a buscar jogadores que atuem mais pelo meio e qualifiquem a troca de passes. Samuel Lino e Saúl já estão em ação, e Carrascal também deve cumprir esse papel, como sombra de Arrascaeta.

Fonte: Extra
publicidade
publicidade