Pedro, Gerson, laterais: como Filipe Luis pode mexer no Flamengo para jogo com o Chelsea

A estreia começou animadora devido ao domínio do Flamengo sobre o Espéranc, da Tunísia. No entando, a queda de desempenho da equipe no segundo tempo e levantou uma certa preocupação, e as alterações do técnico Filipe Luís deram o tom do que pode ser modificado para o segundo jogo do Mundial de Clubes, contra o Chelsea, nesta sexta-feira.

A principal questão ficou novamente em cima da utilização de Pedro, que mais uma vez não teve um bom desempenho na conclusão das jogadas, mas participou do jogo com obediência tática. Quando o camisa 9 deu lugar a Plata, com Bruno Henrique e Luiz Araújo abertos, o time trocou a maior posse de bola por mais força e intensidade e passou bem por um momento de marasmo entre o primeiro e o segundo tempos para definir a partida.

— Só depende de ele ter esses minutos tanto em treinamentos quanto em jogos para voltar a ser o Pedro que conhecemos — afirmou o treinador, indicando que vai insistir quando puder com o centroavante. — Sempre que joga, faz todos os movimentos, e a função que ele está desempenhando é o que a equipe precisa. Com o tempo ele vai pegar mais ritmo de treino e jogo, porque nunca é fácil voltar de uma lesão em que você fica sete meses parado — completou Filipe.

Com Pedro há quatro jogos sem marcar gols, o balanço entre controlar o jogo e defini-lo de maneira mais vertical se torna uma dificuldade. E tem levado Filipe Luís a quebrar a cabeça. Na formação inicial, Gerson foi acomodado na meia direita e Varela subia mais. Com isso, Luiz Araújo precisou ser aberto na esquerda, onde rende menos, sem o pé invertido. O segundo gol foi um sinal claro de que do lado direito tudo flui melhor.

Para isso, Gerson teria que voltar à sua posição de origem, ocupada com brilho por Jorginho, titular ao lado de Pulgar. Com Arrascaeta em excelente fase, artilheiro do time, a concorrência por uma vaga no meio se acirra. Mesmo diante da venda encaminhada ao Zenit, Gerson teve boa atuação, mas saiu no segundo tempo. Filipe Luís irá barrá-lo logo contra o Chelsea? Difícil. Tirar Jorginho após ótima estreia? Também. Acomodá-lo em uma das pontas é a melhor saída. Não necessariamente com Pedro titular. Bruno Henrique entrou bem outra vez e pode ser a referência do ataque contra o Chelsea.

— O grupo entende bem o que o Filipe pede. Em alguns jogos eu vou ser titular e o Pedro não, em outros vai ser ele. A gente consegue assimilar isso junto com o treinador. Tem que estar focado no grupo. O time não tem 11 titulares. Tem que fazer o melhor, titular ou não. Estou aqui para ajudar — afirmou Bruno Henrique.

Outra disputa que ganha corpo é na lateral direita. Em fase ruim desde que foi para a seleção brasileira, Wesley viu Varela ter mais uma boa atuação e ganhar mais moral com o técnico. Segundo Filipe Luís, o escalado será escolhido de acordo com o adversário. A questão é que o Flamengo quer aproveitar a vitrine do Mundial para vender o jovem, o que ainda não tem sinal de que vai acontecer.

— O Wesley está muito bem, veio da Seleção, mas, segundo o que eu estudei, achei que fosse um jogo mais para o Varela. Uma escolha pura e unicamente pelo plano de jogo — explicou o treinador.

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Fonte: O Globo
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