Rio - Em uma partida com altos e baixos, o Flamengo conseguiu fazer valer o favoritismo dentro de casa sobre o Palestino (CHI) e conquistou sua primeira vitória na Libertadores . Com gols de Pedro e Léo Ortiz, o Rubro-Negro bateu o Palestino pelo placar de 2 a 0 e, na análise do técnico Tite, o primeiro tempo de controle absoluto foi crucial para o resultado positivo no Maracanã.
Para a partida contra os chilenos, o treinador optou por promover a estreia do zagueiro Léo Ortiz - que marcou o segundo gol - no lugar de Fabrício Bruno, poupado por desgaste. As condições físicas dos atletas também foi tema abordado por Tite.
"Eu não tenho a dimensão. Vamos sentar com a direção para estabelecer prioridades. É humanamente impossível trabalhar com competições de tamanha grandeza, e a equipe se repetindo quarta e domingo. Hoje entrou o Léo Ortiz, Fabrício estava com seis jogos seguidos, duas viagens. Nessa valorização do grupo, é importante que todos estejam preparados. Vamos precisar de todos. Sabíamos que tínhamos de vencer, num jogo em que fizemos um grande primeiro tempo, com grande volume", iniciou o treinador do Flamengo, em entrevista coletiva.
Após uma primeira etapa de soberania, o Flamengo voltou desligado para o restante do duelo e viu o Palestino acumular boas chances no campo de ataque, principalmente em lances de bola parada. Ficou o gosto de que o cenário poderia ter sido outro ao fim dos primeiros 45 minutos.
"Quando você não faz o segundo gol, começa a ficar tenso, nervoso, começa a bola parada. Equipe precisa de maturidade para jogar com pressão, como fez, e faz o segundo gol. Não queria. Queria fechar o primeiro tempo porque já merecia três ou quatro a zero. Foi pressionado no segundo tempo, mas felizmente pode definir também com trocas no segundo tempo porque precisávamos de fresh", destacou.
Confira outros tópicos abordados por Tite:
Comportamento ao longo do jogo
"Ela teve o aspecto emocional e físico, com a responsabilidade de fazer o placar, de saltar na tabela. Devo reconhecer uma coisa que cobrei bastante essa semana é a precisão de finalização. No outro jogo, a gente teve um declínio. Tivemos muitas oportunidades, e o goleiro adversário estava posicionado em dois lances. Foi um grande jogo no primeiro tempo, temos que reconhecer. Quando você não traduz isso, fica uma ansiedade no ar. Tem que passar por esses momentos e saber ser gelo."
Atletas poupados e o critério utilizado
"O aspecto clínico tira atletas, fisiologia não tira atletas. Engloba parte tática e daqui a pouco vai ter um jogador que é necessário. Flamengo não paga preço de saúde de atleta para vencer jogo. É sentar pra ver o que a direção também tem. A diretoria colocou que a prioridade era vencer o Carioca. Bruno Spindel, Marcos Braz e Luiz colocaram isso. Agora é sentar e elencar esse norte."
Gols perdidos
"Penso em treinar até os 75, se não eles fizeram os gols vão me fazer parar com 63 (risos). Dá volume. Numa bola parada. Bota várias bolas, e o cara vai "tum" e empatou. Precisa traduzir isso. O plantel do Flamengo foi criado e estruturado. Eu não tenho que fazer uma coisa que eu goste. Eu tenho que adaptar."
Sistema defensivo elogiado
"Léo Ortiz jogou muito, Fabrício e Léo Pereira são dois jogadores selecionáveis. E o Bahia é um garoto que vocês ainda vão ter que falar muito. Técnico não tem que ser dono de plantel, mas ele vai construindo."