Emerson Royal foi apresentado nesta terça-feira pelo Flamengo . O lateral-direito, que estava no Milan, da Itália, elogiou a estrutura rubro-negra e disse que está ansioso para estar dentro de campo o mais rápido possível. No entanto, ele afirmou que ainda precisa de um tempo de adaptação física antes de voltar aos gramados.
— O meu calendário era um pouco diferente. Venho de pré-temporada, preciso de um tempo para adaptação. Não quero me precipitar e entrar logo. Preciso me preparar fisicamente para fazer um bom trabalho. Agora iniciou a pré-temporada, eu estava de férias. Tenho que pensar bem sobre esse tema, mas é um tempo muito curto que eu preciso. Ansiedade está a mil.
— A estrutura que o Flamengo tem é impecável. Grande parte dos clubes europeus não têm isso. Me chamou muita a atenção o campo, as instalações. É tudo muito novo. É um prazer imenso fazer parte dessa camiseta.
Emerson comentou que teve uma lesão no meio do ano passado, mas se sente 100% recuperado. O lateral afirmou que depende muito da parte física pelas suas características, mas disse que tem uma genética boa para se adaptar rapidamente.
— Tive uma lesão ano passado, fiquei fora por três meses e meio, depois voltei e voltei bem. Não cheguei a jogar, mas voltei no final da temporada. Estou 100% recuperado. Mas sim, eu preciso de um tempinho, um tempo curto, mas preciso para essa minha adaptação, melhorar a parte física. Como disse antes, sou um jogador que dependo muito da minha parte física, mas tenho uma genética muito boa e me adapto rápido fisicamente. Vou trabalhar forte, o máximo que puder, para estar em campo o quanto antes.
Emerson Royal, do Flamengo — Foto: Letícia Marques/ge
Apresentado no fim de semana à torcida do Flamengo, o lateral disse que "sempre foi flamenguista e não sabia". Emerson afirmou que sentiu as pernas tremerem quando jogou contra o Rubro-Negro no Maracanã e comentou as expectativas para jogar com a torcida ao lado.
— Eu sempre fui flamenguista e não sabia. A gente sabe, internamente, como foi difícil para vir para cá. Quero agradecer ao Flamengo pelo esforço que fizeram para que eu chegasse aqui. Eu já joguei no Maracanã como adversário e é difícil para caramba jogar contra o Flamengo no Maracanã. As pernas tremem. Os reforços que nunca viram isso com certeza vão sentir, vão se arrepiar. É uma festa linda. Queria deixar essa mensagem aos torcedores agradecendo.
Emerson Royal tinha negociações com o Besiktas, da Turquia, antes de acertar com o Flamengo. Ele citou a concorrência de outros times da Europa, mas afirmou que a repercussão em cima do clube carioca é mundial. Ele elogiou o elenco do clube e o projeto que foi apresentado pela diretoria.
— Todo mundo sabe que eu estava em negociação com o Besiktas e tinha tudo encaminhado, passagem comprada. Mas como falei, meu empresário estava lá em casa, é meu grande amigo, e falou da proposta do Flamengo. Me passaram o projeto e foi tudo muito rápido. Da noite para o dia tudo aconteceu. Quando recebi a proposta, não foi pelo dinheiro, nem nada, mas pelo projeto que tenho aqui. Sem dúvidas resolvi aceitar porque tenho uma oportunidade muito grande de vestir a camisa do Flamengo, que é algo que sempre sonhei na minha vida.
— Eu tinha outras propostas para continuar na Europa. Saí daqui do Brasil com 20 anos, muito cedo. Muita gente disse que eu ia regredir na minha carreira, mas pelo contrário. O Flamengo é um time enorme, um dos maiores do mundo. A gente sabe a repercussão que o Flamengo tem mundialmente. Por onde passei, todo mundo conhece o Flamengo.
— Uma das coisas que me chamamra atenção foi o elenco que temos, com grandes jogadores, com muita experiência e um treinador que está em crescente muito boa. Tem um projeto muito grande, querendo ganhar tudo, chegar em todas as competições. Estou no meu país, e como saí daqui muito cedo, nunca pude mostrar para o meu povo brasileiro. E minha vinda tem isso, quero mostrar meu futebol aqui, venho com experiência, e também tenho na minha cabeça voltar para a Seleção, que foi uma das coisas que chamou minha intenção para vir.
Exemplos de jogadores que retornam da Europa e vão para a Seleção
— Teve esse episódio da Seleção em 2022 (que quase foi convocado), e estamos falando de Seleção, que tem uma exigência muito grande. Tem coisas que não podem acontecer, mas aconteceram comigo. Tive muitas passagens pela seleção brasileira, fiz muitos jogos, e como jogador de futebol isso é normal. Tem jogos que você acerta e em outros erra, que pode ser crucial. Continuei tranquilo, trabalhando. E vejo jogadores como Alex Sandro e Danilo, que vieram da Juventus e retornaram à Seleção. Isso chama a minha atenção. Sei que eu tenho potencial e vou seguir fazendo meu trabalho para que eu tenha um oportunidade novamente.
Como o jogador se enxerga depois de passar por tantas coisas?
— Por trás de um jogador sempre tem uma pessoa. Estamos aqui para fazer o nosso trabalho, e vocês para criticar quando tem que criticar e elogiar quando tem que elogiar. Mas por trás é um ser humano. Saí da periferia de São Paulo com um sonho, assim como muitos meninos, tive muitas dificuldades no caminho. Nunca tive uma condição financeira boa, mas tinha um sonho que era o que mais chamava a atenção das pessoas e a força de vontade. Pude chegar onde poucos jogadores brasileiros chegaram, jogando nos maiores times do mundo. E tem uma responsabilidade muito grande porque, na favela de São Paulo, eu sou uma referência muito grande para a criançada. E procuro fazer meu melhor porque represento uma nação, um país e principalmente a favela. Teve dificuldade, mas superei tudo isso não só por mim, mas por todos que eu represento.
Filipe Luís
— Eu tenho uma coisa com o Filipe que ele foi lateral também, né. Ele tinha uma força física muito grande, então isso pode me ajudar. Ele já me explicou muita coisa que quer de mim. Disse que posso pedalar e ir para cima. Quando o treinador fala isso para mim, tem um risco que eu vou todas (risos). Ele tem uma característica de jogo que me chama muita atenção. Falei para o meu empresário que daqui a pouco ele (Filipe) vai ter proposta de fora. Ele gosta de agredir, marcar algo... acredito que terá um futuro brilhante como treinador. Ele vai ser essencial nessa minha volta ao Brasil.
Substituir Wesley e características
— Um jogador que sabemos que tem um talento enorme, é novo e aprendeu muito aqui no Flamengo. Vestir a camisa de grandes clube não é tão simples, vai ter crítica, elogio, e somos profissionais. Ele cresceu muito, chegou à Seleção e tem uma grande oportunidade de ir para a Europa agora. Mas eu também tenho uma certa experiência no futebo, joguei em grandes clubes, sei da minha responsabilidade, mas também sei da minha qualidade. Os torcedores tiveram pouco contato comigo, era mais quando eu estava na Seleção, em um período curto.
— Tenho uma força física muito boa, dependo bastante do meu físico, tenho uma chegada no ataque boa e principalmente uma intensidade muito boa quando preciso marcar. Sou um jogador muito intenso e por onde eu passei essa foi uma das maiores características que tive. Raça, vontade e chegada ao ataque não vão faltar aqui no Flamengo.
"Era flamenguista e não sabia"
— Todo mundo tem um time do coração quando pequeno e, como sou de São Paulo, não torcia para o Flamengo. Quando senti o calor da torcida, o estádio e estando do lado do Flamengo agora eu falei: "como eu não conhecia isso? Como eu nunca torci para o Flamengo?"
O que falaram sobre retornar ao Brasil
— E o fato das pessoas falarem, principalmente lá fora, quando se fala que vai voltar para o Brasil acham que é final de carreira. Tenho muitos amigos brasileiros, mas muitos que estão lá fora, e o fato de citar que viria para o Brasil, falam que seria regredir e tal. Por isso que falo. Mas meus amigos aqui do Brasil, quando eu disse, disseram que eu estaria em um dos maiores times do mundo e do Brasil. E isso foi uma das coisas que fizeram eu vir para cá.
Referências no Flamengo
— Vou colocar jogadores que tenho trajetória maior junto, Danilo e Alex Sandro. Tive muito tempo com eles na Seleção. Conversei com Danilo antes de vir para cá, e ele sempre me apoiou muito na Seleção. Dispensa comentários como pessoa e jogador, ele sempre me colocava para cima. Quando as coisas não saíam como eu queria, ele me mandou mensagem, estava eu e Daniel Alves, e me deu forças. Alex Sandro também sempre conversou comigo. Hoje posso estar do lado em um clube. São pessoas que fizeram parte da minha história e me ajudam até hoje.
Elio Sizenando e resumo da carreira
— Quando falo do Elio, até estava arrepiado aqui. Quando chego na Ponte Preta, chegou desacreditado porque tinha passado por duas dispensas no mesmo ano. Chego sem vontade de seguir no futebol, e ele me abraçou. Ele disse: "esse negão tem a passada muito larga, quero ele comigo". Eu tinha 16 anos na época, sou de 1999, e treinava com os 1998. Ele me abraçou e disse que queria contar comigo. No primeiro jogo como titular eu caí e quebrei o braço. Falei "pronto, agora vou ser mandado embora de novo". Mas ele me prometeu que não faria isso, que era para eu me recuperar porque ele me levaria para a Copa BH. E eu recuperei, ele me levou, me destaquei no campeonato e chamei a atenção da seleção de base. Ele sempre me abraçou, me xingava muito... Até hoje.
— Às vezes eu faço um mal, ele me liga e diz "que jogo foi esse que você fez?!". Tem uma intimidade muito boa comigo, ontem mesmo ele me ligou. Conversamos bastante. É um treinador que faz parte da minha carreira, que tenho como família, tenho como um paizão no futebol. Eduardo Baptista também, que foi quem me subiu para o profissional na Ponte Preta, mas o Elio é especial porque foi uma reconstrução. Eu estava desacreditado, mas ele mudou uma chave na minha cabeça para que eu me tornasse um jogador profissional.
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