O Flamengo foi o time de sempre contra o Atlético-MG, neste domingo, no Maracanã. Manteve a posse de bola e ocupou o campo ofensivo, onde pressionou a saída do adversário o jogo todo. Mas, como tem sido nos últimos tempos, teve dificuldades de criar e agredir e acabou salvo pela bola aérea na vitória por 1 a 0 que levou a equipe de volta à liderança do Brasileirão.
O time de Filipe Luís parou em uma marcação individual muito dedicada do Atlético, que caçou as cabeças pensantes do Flamengo e não deu espaços para a transição. Fausto Vera colou em Plata, e Alan Franco não tirou o olho de Arrascaeta.
O Fla chegou a ter 70% de posse de bola na etapa inicial, mas foi o Atlético o time mais perigoso no Maracanã. Ao anular o setor de criação do Rubro-Negro, os mineiros incomodaram na bola longa para Rony e foram melhores em boa parte do primeiro tempo. O atacante complicou a vida de Rossi logo aos 5 minutos ao ganhar duelo com o goleiro e finalizar. Varela salvou em cima da linha.
Esta foi uma das sete finalizações do Atlético na primeira etapa, com direito a até bola no travessão em saída atrapalhada de Rossi. O Flamengo custou a encaixar a marcação para impedir os contra-ataques adversários e só foi tomar conta do jogo com propriedade nos minutos finais.
Arrascaeta teve atuação ruim em Flamengo x Atlético-MG — Foto: André Durão
Pedro fez primeiro tempo de boa movimentação, dividindo o ataque com Bruno Henrique. Mas, com exceção de um chute defendido por Everson aos 4 minutos, o centroavante não recebeu nenhuma bola em condições de finalizar. Fez bons pivôs, mas as conclusões dos colegas foram ruins. Um jogador com alto poder de decisão como o camisa 9 precisa ter mais chances ao longo do jogo.
A melhor chance criada pelo Flamengo no primeiro tempo foi aos 35 minutos, com um belo lançamento de Jorginho para Plata. O atacante ganhou a frente de Fausto Vera e acabou derrubado na entrada da área. O árbitro marcou pênalti num primeiro momento, mas voltou atrás e deu falta depois de consultar o VAR. O volante atleticano foi amarelado — PC de Oliveira, comentarista de arbitragem da Globo, explicou que ele não foi expulso porque o domínio do jogador do Fla não foi para frente.
Com a marcação individualizada do Atlético inibindo a criatividade do Flamengo, Jorginho foi uma das válvulas de escape do time. Mas o volante, assim como seu companheiro Allan, também estava bem marcado e nem sempre conseguiu espaço para verticalizar o jogo. Coube ao zagueiro Léo Ortiz ajudar a quebrar as linhas adversárias em muitos momentos do jogo.
O primeiro tempo terminou com sete finalizações para cada lado, mas com o Atlético sendo mais eficaz na sua estratégia e mais perigoso, apesar dos menos de 40% de posse de bola. O Flamengo intensificou sua atuação nos últimos 10 minutos e levou susto aos 44, em cabeceio de Léo Ortiz próximo ao travessão depois de cobrança de falta.
Se pelo chão, com Arrascaeta em noite de pouquíssima inspiração, não deu certo, o caminho para vencer a parede atleticana foi pelo alto. No segundo tempo, o ritmo foi outro. O árbitro Ramon Abatti Abel continuou paralisando muito o jogo, e a bola pouco rolou.
O Flamengo encontrou o caminho do gol pelo alto, em cabeceio de Léo Ortiz — Foto: André Durão
O Flamengo apertou mais a marcação no campo do Atlético e deu menos espaços para o adversário sair jogando. Mas continuou esbarrando na marcação dos mineiros. A solução veio do banco, com a entrada de Luiz Araújo, que desequilibrou na bola parada. Aos 29 minutos, o atacante cobrou falta na cabeça de Léo Ortiz, que finalizou com força para marcar 1 a 0.
— Bola parada é uma das fases do jogo, damos a importância que ela merece porque jogos bloqueados muitas vezes são desbloqueados na bola parada... É uma forma de criar. Se você tem oito escanteios, você tem oito cruzamentos na área de forma perigosa com jogadores importantes na bola parada. Hoje, foi difícil o jeito que o Atlético jogou. Os jogadores sabem que são 90 minutos, temos que ter paciência e defender bem. O gol pode chegar de várias formas, chegou e o importante é a vitória — analisou Filipe Luís depois da partida.
Foi a única chance clara do Flamengo no segundo tempo. O time de Filipe Luís ainda voltou a assustar nos minutos finais, novamente em cobrança de falta, com Léo Pereira batendo rasteiro perto da trave adversária.
Foi mais um jogo em que o Flamengo dominou e teve posse de bola no campo de ataque, mas que não conseguiu transformar o controle em chances claras. Filipe Luís precisa encontrar soluções para enfrentar defesas cada vez mais bem postadas e preparadas para a pressão rubro-negra. Talvez a ajuda virá da janela, já que o técnico ganhará três reforços ofensivos para o segundo semestre. O Fla tem o melhor ataque do Brasileirão, mas os atacantes não têm correspondido como o esperado.
A solução precisa aparecer já na próxima quinta-feira, quando o Flamengo enfrentará novamente o Atlético-MG, mas pela Copa do Brasil. O primeiro jogo das oitavas de final será no Maracanã, às 21h30.
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