Rio - Um dos maiores ídolos da história recente do Flamengo, o atacante Gabigol, de 27 anos, foi suspenso nesta segunda-feira, por tentar fraudar um exame antidoping . A decisão foi tomada pela Justiça Desportiva Antidopagem em julgamento que teve início na última semana. Existe a possibilidade de um recurso. Porém, o atual camisa 10 não é o primeiro jogador rubro-negro a viver uma situação de suspensão por conta de antidoping. Em casos diferentes, outros atletas testaram positivo para substâncias proibidas, o que não foi o caso de Gabigol. O desfecho desses jogadores no Rubro-Negro acabaram sendo distintos.
Gabigol - Marcelo Cortes /CRF
Gabigol Marcelo Cortes /CRF
Athirson
Um dos principais destaques do Flamengo no fim dos anos 1990 e começo dos anos 2000, o lateral-esquerdo Athirson recebeu uma notícia impactante em junho de 2000. O jogador foi suspenso preventivamente por testar positivo para o estimulante para-hidroxi-femproporex, antes da partida entre Flamengo e Bahia pela Copa do Brasil. A decisão foi da CBF e colocou o jogador afastado dos gramados por 29 dias.
Apesar do susto na ocasião, Athirson não chegou nem a ficar um mês sem jogar. Depois de 20 dias, a defesa do lateral-esquerdo conseguiu a liberação para o jogador, que na época tinha 23 anos, e voltou a atuar pelo Flamengo. Ele permaneceu no Rubro-Negro até 2004, quando migrou para o Cruzeiro.
Revelado pelo Flamengo, Athirson é um dos grandes nomes recentes do clube atuando pelo lado esquerdo. Ele encerrou a carreira no ano de 2012. - Reprodução
Revelado pelo Flamengo, Athirson é um dos grandes nomes recentes do clube atuando pelo lado esquerdo. Ele encerrou a carreira no ano de 2012. Reprodução
Guerrero
O outro exemplo mais recente foi o atacante Paolo Guerrero. O peruano foi suspenso por um ano no fim de 2017 pela Fifa por testar positivo para benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína. O fato aconteceu antes da partida entre a seleção peruana e a Argentina pelas eliminatórias da Copa, no dia 5 de outubro, daquele ano.
A defesa de Guerrero reforçou que o jogador havia testado positivo de forma acidental, por ter ingerido um cá de coca antes do confronto. A suspensão do peruano acabou sendo reduzida posteriormente, e ele voltou aos gramados para disputar a Copa do Mundo de 2018 por sua seleção na Rússia.
Apesar disso, a passagem de Guerrero pelo Flamengo se encerrou. O peruano tinha contrato até agosto de 2018, no entanto, após testar positivo no antidoping, as duas partes decidiram encerrar o vínculo. O atacante acertou posteriormente com o Internacional e defendeu o clube gaúcho na temporada seguinte.
Caso de Gabigol
Diferente de Guerrero e Athirson, Gabigol não está sendo julgado por testar positivo para uma substância proibida. O camisa 10 do Flamengo foi suspenso por tentativa de fraudar o exame antidoping. A punição do atacante começará a valer em abril e dividiu o júri, já que teve o placar apertado de 5 votos a 4 para que o ídolo rubro-negro fosse punido. Ele foi enquadrado no artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, que fala em "fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle" e prevê suspensão de até quatro anos em caso de condenação. O ídolo do Flamengo tem contrato até o fim de 2024.