O Flamengo terá um novo presidente a partir de janeiro. Luiz Eduardo Baptista, o Bap, empresário de 64 anos, derrotou Maurício Gomes de Mattos e o candidato da situação Rodrigo Dunshee e venceu a eleição do clube, nesta segunda-feira, na Gávea. Figura presente nas duas últimas administrações do clube, Bap assume a cadeira principal a partir do dia 1º de janeiro.
Ele foi um dos membros originais da chapa que assumiu o clube a partir de 2013 com o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, Bap já foi vice-presidente de Marketing, na gestão de Bandeira de Mello, e de Relações Externas, com o atual presidente, Rodolfo Landim, que o incluiu no “Conselhinho de Futebol”.
Fora da gestão Landim desde 2022, Luiz Eduardo Baptista preside o Conselho de Administração. Candidato da chapa 1, nomeada “Raça, Amor e Gestão”, Bap terá como vice-presidente Flávio Willeman, Procurador do Estado do Rio de Janeiro.
"Poder ter essa festa da democracia rubro-negra, mais de três mil sócios comparecerem e a gente vencer esse pleito é fantástico. Em cima de propostas, com propostas claras pro Flamengo. Enfim, muita coisa que a gente quis fazer ao longo do tempo e por algumas razões não aconteceu. Eu tenho certeza, agora, que a gente vai dar conta disso e a gente vai fazer o Flamengo mudar de patamar novamente. Muito obrigado. Saudações rubro-negras", declarou Bap após a vitória.
Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Bap foi presidente da DirecTV e CEO da Sky por duas décadas. Em 2009, tornou-se sócio proprietário do Flamengo.
A primeira passagem pelo diretoria, como vice de marketing, durou até o início de 2015, quando se afastou de Bandeira de Mello. Posteriormente, aproximou-se de Landim, que foi eleito presidente do Flamengo três anos depois. Esteve ao lado de Landim nos momentos mais vitoriosos do clube nos últimos anos, mas divergências nos último anos o levaram a um lado oposto no pleito deste ano.
— Comecei a me envolver em 2009. Contribuí com o time de basquete através da Sky, empresa da qual eu era presidente. O time ganhou tudo que podia, inclusive o Mundial. Isso abriu espaço para outras contribuições. Na época, o Flamengo estava mais em outras partes dos jornais que nas manchetes esportivas. Aquilo gerava uma vergonha enorme. Estava muito claro que o Flamengo precisava de um choque de credibilidade. Eu tinha a visão de que precisávamos montar como se fosse um plano de refundação. Havia conhecido Cláudio Pracownik, Rodrigo Tostes, Wallim Vasconcellos e outros na eleição de 2009. E falei: “Olha, vamos montar uma chapa para concorrer em 2012?”. Então, comecei a liderar esse movimento — afirmou o novo mandatário rubro-negro em entrevista ao GLOBO.