'Petinho': o menino que nasceu de um gol histórico e hoje vive o sonho rubro-negro no Mundial de Clubes nos EUA

Quando o sérvio Dejan Petkovic guardou a bola na gaveta do goleiro vascaíno Helton, aos 43 minutos da final do Campeonato Carioca de 2001, anotava seu nome não só na história do Flamengo, como também em uma certidão de nascimento que seria emitida apenas na década seguinte. Trata-se da história do pequeno Dejan Petkovic Kchayene Vicente, ou Petinho, como ficou conhecido nas redes sociais, que teve o nome prometido ao ídolo do pai muito antes de vir ao mundo. Nos Estados Unidos para acompanhar o Rubro-negro na Copa do Mundo de Clubes, o menino de 11 anos conversou por telefone com o EXTRA sobre a fama recente e a relação com o craque que inspirou seu nome, além da expectativa sob o desempenho do time de coração no torneio.

Hospedado na cidade de Atlantic City, no estado de Nova Jersey, onde a equipe liderada por Filipe Luís também faz estadia durante o Mundial, Petinho vai se tornando cada vez mais recorrente no universo rubro-negro. Morador do Recreio, na Zona Oeste do Rio, ele é figurinha carimbada nos jogos do time e costuma mostrar os bastidores e as ''tietagens'' aos jogadores, ex-atletas e até dirigentes. Com a ida aos EUA, os conteúdos produzidos por ele ficaram ainda mais cotados.

— Meus amigos do colégio pedem vídeos direto sobre o Flamengo, mesmo os que não são flamenguistas. E todos eles estão muito felizes com essa repercussão — relata.

Para Petinho, foi difícil segurar a emoção ao ver o jogo de luzes do Lincoln Financial Field, na Filadélfia, anunciar jogador por jogador na cerimônia de entrada do time em campo, na noite de segunda-feira, contra o Espérance:

— Segurei para não chorar — confessa Petinho, que costuma ficar ansioso e agitado para os compromissos do time.

Ao fim da partida, ele levou para casa bem mais do que os três pontos da vitória por 2 a 0 do clube da Gávea contra a equipe da Tunísia. No estacionamento da arena, ele e o pai avistaram o craque da partida, Giorgian De Arrascaeta, a caminho de seu carro com familiares. Mais uma foto para a eternidade

Agora, a expectativa é pelo confronto contra o poderoso Chelsea, tido como principal adversário do Flamengo na fase de grupos da competição. E ele vai estar lá, torcendo por uma vitória que considera crucial para os caminhos do clube.

— Vai ser (uma vitória) na última, isso é Flamengo! Com isso, a gente passa em primeiro e pega um caminho mais tranquilo no mata-mata — prevê.

Promessa é dívida

Se hoje ele vive o sonho de qualquer criança rubro-negra, esse destino parece ter sido traçado na maternidade, ou dez anos antes. Isso porque seu pai estava no Maracanã quando Pet ajeitou a bola para o gol do tricampeonato contra o Vasco e jurou para esposa que se aquela bola entrasse aquelas letras estampadas na mística camisa 10 dariam nome ao filho do casal.

— Meu pai prometeu: "Se o Pet fizer o gol, o nome do nosso filho vai ser Dejan Petkovic". Em 2002, nasceu uma menina, a Talita, mas ele não se esqueceu da promessa. Em 2013, quando eu nasci, ele cumpriu — conta o menino, que garante: — É uma honra carregar esse nome.

Petinho diz que o primeiro encontro com Petkovic foi cerca de um mês antes de completar 1 ano. Desde então, a admiração e a proximidade entre os homônimos só aumenta. Não à toa, hoje o menino é embaixador mirim do Aprenda com o Pet, iniciativa voltada para o público infantil e capitaneada pelo ex-jogador.

A promessa do pai agora é outra: caso o Flamengo avance até a final do campeonato mundial, em um universo imaginável aos rubro-negros mais otimistas, eles voltam para os EUA. Com passagem para o Brasil comprada, perdendo algumas aulas na escola e tendo que correr atrás dos deveres atrasados, o menino se diverte com a possibilidade.

— Essa eu também quero que ele cumpra — brinca.

Fonte: Extra
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