Carrascal revela estresse com demora no acordo com o Flamengo: "Queria viver essa experiência"

O Flamengo apresentou, nesta segunda-feira, o último reforço do pacotão contratado nesta janela. Jorge Carrascal foi o primeiro dos quatro novatos a entrar no radar do clube, que enfrentou empecilhos na negociação com o Dínamo de Moscou (Rússia). Dois meses separaram o início das conversas do anúncio oficial. O meia comentou a ansiedade pela conclusão do acordo.

— Foi um momento de emoção, mas também de muito estresse por causa da dificuldade da minha chegada. Eu estava na seleção e me deram a notícia (do interesse), eu disse sim sem pensar, disse que estava disponível para vir ao Flamengo, foi algo que me fez vibrar. Foi demorado, mas sempre fui positivo, me agarrei com Deus para ter tranquilidade. Para um atleta, essa oportunidade é muito grande. Para toda a minha família foi algo muito estressante. Fui o primeiro a começar a conversar com o clube e o último a vir (risos) — afirmou o jogador, que completou:

Houve outros clubes interessados, mas na minha cabeça e aos meus familiares e amigos eu sempre disse que queria vir ao Flamengo, porque queria viver essa experiência linda . É uma equipe que compete e ganha títulos. Nunca duvidei de vir para cá. Foi estressante, porque estava focado em vir e fechamos as portas para as outras ofertas. Sei da história linda que Flamengo tem no mundo e, no final, conseguimos. Flamengo é um time grande, que significa muito na América do Sul. Não duvidei nem dois segundos em tomar a decisão de vir. Para mim era um sonho jogar na liga brasileira, por meu estilo de jogo. Creio que tomei a melhor decisão.

Carrascal foi contratado para se revezar com Arrascaeta. O colombiano comentou a disputa de posição no meio-campo do Flamengo:

— Arrascaeta é um jogador diferente. É um grande jogador também. Há muitos anos sabemos quem é e suas condições. Eu venho para colocar meu grão de areia, meu apoio. Todos os companheiros jogamos, vamos estar bem com meu estilo de jogo de criação. Mais do que isso, que todos possamos jogar, fazer o que o treinador pede e o que o jogo exige — disse ele, que acrescentou:

— Na realidade não tem que ser uma competição. Se vou ou não ser substituto. Se vim ao Flamengo foi com o propósito de trabalhar, competir e conseguir o melhor para o clube. Meu objetivo a curto prazo é acrescentar o meu grão de areia. Jogue quem jogue, óbvio que todos temos nossos nomes. Nós viemos para trabalhar, focar em um objetivo claro e dependerá do treinador quem vai jogar ou não. Não é uma competição. Que todos venham para somar para que o clube tenha os melhores em campo, ganhar muitos títulos e que todos sejam felizes.

Carrascal é apresentado pelo Flamengo — Foto: Adriano Fontes/Flamengo

O meia não tem condições legais de enfrentar o Atlético-MG, em Belo Horizonte, na quarta-feira, porque não foi inscrito a tempo das oitavas de final da Copa do Brasil. Carrascal ficará no Rio de Janeiro treinando e estará à disposição do Flamengo para a partida contra o Mirassol, no sábado, no Maracanã, pelo Brasileirão.

Exemplos de colombianos no Brasil

— Estive falando com vários companheiros, não só com o Ríos. Falei com Berrío, que também jogou no Flamengo, falei com Jhon Arias, que jogou recentemente no Fluminense, falei com Borré, um grande amigo que jogou comigo no River. Todos ficaram muito felizes com a minha chegada. A única coisa que me desejavam era que me divertisse em campo, que era um futebol muito competitivo e também parecido com as minhas características. Isso me deixou um pouco mais tranquilo. Óbvio que existe um nervosismo, mas somos profissionais e vamos levando adiante.

Primeiros dias no clube

— Já tenho quase uma semana aqui no Rio. Sinto uma conexão diferente com os companheiros, com a comissão técnica e com todos no clube. Estou muito feliz e quero demonstrar que vim apoiar a equipe, que estou aqui e que podem contar comigo.

Pressão

— Sabemos que os clubes grandes sempre têm pressão de torcedores e imprensa. Nós temos que deixar isso um pouco de lado. Focar sempre nos objetivos. Nem sempre se joga bem, às vezes temos dias ruins e isso não quer dizer que seja um jogador ruim. Creio que para todos os problemas há soluções. Sobre a pressão, é preciso aceitar os erros e seguir trabalhando para ter a melhor versão de cada um. Acredito que não terei problemas.

Carrascal é apresentado pelo Flamengo — Foto: Adriano Fontes/Flamengo

Primeiro contato com De la Cruz

— Estive falando com Nico. Ele foi meu companheiro, jogamos juntos um tempo atrás. Mandei mensagem e ele me disse "tem que vir para cá. É um grande clube, os torcedores e o grupo de trabalho se caracterizam para uma grande família". Isso me empolgou muito mais. Essa sempre foi a minha decisão, desde o primeiro momento. Estar aqui. Desde a hora que cheguei senti o carinho da torcida, dos companheiros no campo de treinamento. Acredito que é o lugar certo.

Tatuagem de beijo no pescoço igual à do Ayrton Lucas

— Quando chegou o interesse do Flamengo, passei a ver todos os jogadores, o elenco, tudo. Vi o Ayrton, sabia que estava aqui, porque esteve na Rússia também e eu o havia enfrentando. Éramos rivais na Rússia. Um amigo meu brincou sobre a tatuagem do Ayrton (risos). Foi uma piada, nos acabamos de rir. Eu sabia que ele estava aqui, porque o enfrentei. Também enfrentei o Varela. Quando estive no River, tive a oportunidade de enfrentar alguns jogadores.

Posicionamento em campo

— Desde que cheguei pude falar com o Filipe. Ele mais ou menos me orientou o que queria quando me apresentou o projeto de como jogam, atacam e pressionar. Me mostrou o que queria de mim em certa posição. Tenho a virtude de ter jogado em diferentes posições por várias equipes. Me mostrou onde entrar para que em campo fique mais fácil jogar.

Impressões sobre os últimos dois jogos

— Estava vendo os jogos. Não vieram os resultados, mas a equipe sempre buscou. Tratou de buscar, encontrar os espaços para buscar superar o rival. Infelizmente, as coisas não saíram como foi planejado, mas o time fez um grande esforço e sempre teve a expectativa de quebrar a estrutura do rival. Temos que dar o mérito aos outros times, que também estiveram postados. Temos que ir melhorando, buscar os espaços para quebrar as estruturas e fazer os gols. Mas a equipe está lutando e é um grupo muito forte.

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Fonte: Globo Esporte
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