Marcelo Salles imagina avaliação de Jorge Jesus no Flamengo: "Impressão não foi boa"

A noite não foi boa para o Flamengo de Marcelo Salles no empate em 0 a 0 com o Fluminense. O técnico interino até a parada para a Copa América reconheceu que o time não jogou do jeito que deveria e imaginou que o futuro treinador também não tenha gostado. Segundo ele, Jorge Jesus saiu do Maracanã com uma visão ruim da equipe que jogou o clássico.

- Nosso contato foi muito rápido. Conversamos apenas cinco minutos, nada mais do que isso. Desejou boa sorte, mas não teve participação, até por iniciativa dele. Seguimos o programado e ele nos deixou muito a vontade. A impressão hoje não foi boa. Com certeza, vai querer que melhoremos em muitos aspectos. O nosso torcedor cobra muito. Não fizemos uma grande partida e temos que melhorar.

Marcelo Salles afirma que Jorge Jesus não deve ter gostado do que viu — Foto: André Durão/GloboEsporte.com

Marcelo Salles afirma que Jorge Jesus não deve ter gostado do que viu — Foto: André Durão/GloboEsporte.com

Aguardando a chegada, de fato, do português ao comando Flamengo, Marcelo Salles foi perguntado qual conselho que daria para Jesus. Mas, em sinal de humildade, garantiu que a comissão técnica estaria em função do novo treinador.

- Ele tem a carreira vitoriosa, experiente. Não sou eu que devo dar conselho para ele, é o contrário. É um treinador com experiência internacional, vencedor. Nós que o obedeceremos.

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Impressão do jogo

- Tínhamos a intenção de controlar o jogo. Sabemos que contra o Fluminense uma sequência de passes errados dificulta na parte defensiva. Quem controla a bola, controla o jogo. Não tivemos a bola. Eles rodaram, tiveram um volume de jogo maior. Não tiveram tantas penetrações, conseguimos ir bem defensivamente, mas realmente não conseguimos controlar o jogo ofensivo.

Má atuação

- Temos que levar o aspecto da sequência que estamos jogando. Atuamos contra o Fortaleza sábado, acharam que seria uma vitória tranquila, e não foi. Ganhamos porque jogamos bem. Criou um desgaste. Chegamos na terça-feira com um tempo de recuperação muito curto. É um desgaste grande. Tivemos pouco tempo de treinamento. É questão de ajustar e minimizar os erros.

Saída de Diego

- Foi uma situação de lesão que não sabemos ainda se é importante ou não. É um jogador que faz falta em qualquer equipe. Quando perdermos o Diego, que é nosso cérebro junto com o Everton, perdemos a situação da posse de bola. Não tínhamos um meia que pudesse fazer essa função. O Everton ficou sobrecarregado.

Opção por Berrío

- Se formos analisar individualmente, a substituição não surtiu o efeito que gostaríamos. O Berrío pode fazer atuações melhores. Mas isso acontece com qualquer jogador. Também poderíamos ter outro jogadores bem. A ideia era colocar o Everton por dentro para ter condição de achar jogadores de lado. Queria também prender um pouco o Rodrigo Caio e usar as diagonais. Infelizmente, giramos pouco a bola. Fizemos muitas jogadas individuais, que não é o que eu queria. Quem perde o controle da bola, perde o controle do jogo.

Jogo contra o CSA

- Nossa expectativa é fazer ajustes, mas não podemos em termos de treinamentos. Será com vídeos, conversas em particular... Agora, é controle de carga, controle dos atletas, e ajuste fino para voltarmos a ter uma atuação como tivemos no jogo de sábado.

 — Foto: Divulgação

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Fonte: Globo Esporte