A parte financeira dos clubes tem ganhado importância nos últimos anos no futebol brasileiro. Balanços, superávits e o poder de compra passaram a ser fatores importantes para o torcedor, que pedem agremiações cada vez mais organizadas e com condições de competir de igual para igual no Brasil.
Nesta quarta-feira (2), o portal GE publicou um ranking baseado em uma lista com dez perguntas com peso um a respeito dos clubes que são mais transparentes e confiáveis nas finanças do futebol brasileiro.
Internacional , Bahia e Grêmio são os times que lideram essa lista, que conta ainda com Fortaleza e Flamengo em seguida. É válido apontar que o Colorado só lidera a lista por ter detalhado a despeda do clube, o que lhe dá nota dez na avaliação.
O ranking conta com as 60 equipes que disputam o Campeonato Brasileiro das Séries A, B e C e se refere aos campeonatos disputados na última temporada e que estão com os balanços fechados desde dezembro. Veja abaixo quais foram os critérios de avaliação para a montagem da lista.
Publicou balanço referente a 2020 até 30 de abril?
Publicou balancetes trimestrais ou mensais em todo o 2020?
Publicou orçamento referente a 2021?
Publicou quaisquer balancetes referentes a 2021?
Publicou parecer da auditoria externa sobre o balanço anual?
Auditoria externa fez ressalvas em relação ao balanço anual?
Incluiu relatório no balanço para facilitar entendimento do leigo?
Alterou o resultado líquido do ano anterior em reapresentação?
Publicou provisão para contingências cuja perda é "possível"?
Detalhamento do balanço anual atende mínimo para análise?
De um a quatro, as perguntas tratam da transparência e da organização interna dos clubes e somente os que tenham uma organização mínima, com dirigentes atentos às principais questões do clube poderão cumprir os requisitos.
De cinco a seis mede a confiabilidade dos balanços. Por conta da Lei Pelé, todos os clubes são obrigados a contratar uma auditoria externa para averiguar os dados que são expostos pelo clube e também para a publicação de relatórios a respeito dessas checagens.
A pergunta sete é para facilitar o entendimento de quem for leigo. Se trata de uma explicação antes dos gráficos, dos balanços e dos números expostos nos documentos.
Na pergunta oito, trata-se de documentos antigos. Em alguns momentos, dirigentes precisam checar e até mesmo realizar mudanças em dados antigos por motivos contábeis, quando algum órgão regulador muda. A reportagem só considera um mau sinal quando há mudanças em resultados liquídos e erros em procedimentos processuais.
Na pergunta nove, a ideia é que os clubes detalhem nas provisões para contingências, que aparecem no passivo, os valores de acordo com cada probabilidade de derrota na justiça. As questões são tratadas como 'provável', 'possível' e 'remota'. Em alguns casos, dirigentes podem ocultar dívidas relevantes, uma vez que não informam números de perdas tratadas como 'possíveis' ou 'remotas'.
O top-10 do ranking e as notas de cada time são:
Internacional - 10,0
Bahia - 9,9
Grêmio - 9,9
Fortaleza - 9,0
Flamengo - 8,9
Vasco - 8,0
Cruzeiro - 8,0
Fluminense - 7,9
Palmeiras - 7,9
Ceará - 7,9
Clubes de renome do futebol brasileiro ocupam posições ruins no ranking. São Paulo (18°), Corinthians (20°), Botafogo (28°) e Red Bull Bragantino (36°) não são grandes exemplos de transparência em relação as finanças para suas torcidas.