Diego Ribas aponta importância de jogo contra o Vitória em 2017: "Consolidação de um Flamengo campeão"

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O Flamengo enfrenta o Vitória, neste domingo, às 18h30 (de Brasília), no Barradão, pela segunda rodada do Brasileirão. E foi neste confronto entre rubro-negros que Diego Ribas, ex-jogador e ídolo do clube carioca, viveu um momento que considera importante na reconstrução do clube (veja o vídeo acima).

Em 2017, as equipes se enfrentaram no Barradão na última rodada do Campeonato Brasileiro. A vitória garantia a classificação do Flamengo para a fase de grupos da Libertadores. Mas foi o Vitória, que lutava contra o rebaixamento, que abriu o placar. E os cariocas precisaram lutar para vencer.

Vitória x Flamengo Barradão — Foto: TIAGO CALDAS/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Atual melhor jogador do mundo, Vini Jr vivia seus primeiros momentos no profissional e participou da jogada do gol de Rafael Vaz. Mas a virada veio no último minuto do segundo tempo com o capitão Diego Ribas. O camisa 10 cobrou uma falta, e Uillian Correia colocou a mão na bola. Pênalti para o Flamengo (veja os melhores momentos abaixo).

Diego Ribas dividia o posto de batedor de pênalti com Everton Ribeiro e pediu para cobrar. O camisa 10 deu um chute no meio do gol e garantiu a vitória e classificação para a fase de grupos da Libertadores. Para ele, esse foi um dos momentos que marcam o "início do Flamengo de 2019", que seria campeão carioca, brasileiro e da Libertadores.

- Esse pênalti foi tão importante pra mim porque quando eu vim pro Flamengo eu comprei esse projeto junto com a diretoria. Eu sabia os passos que teriam que ser dados, o desafio que seria, e um deles era ter um time cada vez mais competitivo. Estar dentro da Libertadores era fundamental, e eu era peça muito importante. Então, por isso, eu sabia o quão importante e foi sim mais um passo rumo a um Flamengo cada vez mais competitivo, que nós planejamos, sonhamos juntos quando eu cheguei lá em 2016, e por isso ali nós conseguimos concretizar esse passo importante - disse, para continuar:

- Eu acredito que nós estávamos cumprindo as etapas. Por mais que não conquistasse o título, nós sabíamos que os torcedores queriam isso, mas o objetivo estava sendo alcançado, que é o de ter uma equipe cada vez mais competitiva, uma equipe que chegava sempre nas finais. Então, a nossa sensação era essa. Sabíamos, claro, que o título ia chegar em algum momento e para isso tínhamos que estar entre os melhores, na Libertadores e entre os primeiros no Brasileiro. Nós conseguimos fazer isso e foi a consolidação de um Flamengo campeão. É construído, tudo isso é construído, e fazer parte desse processo foi um baita de um privilégio .

Mas o que pouca gente sabe é que Diego Ribas quase não participou do segundo tempo. O camisa 10 passaria por um controle de minutagem para chegar mais inteiro da final da Sul-Americana que seria disputada dias depois contra o Independiente. A decisão de mantê-lo em campo aconteceu após uma rápida conversa com o técnico Rueda no intervalo. O meia pediu para continuar jogando:

- O Rueda, preocupado e estratégico também, queria me tirar daquele jogo no intervalo para que eu pudesse jogar e chegar mais inteiro para a final da Sul-Americana. Era reta final de temporada. Eu tinha feito muitos jogos até aquele momento. Quando chegou a hora de eu sair, nós tínhamos falado combinado antes do jogo de jogar aproximadamente 45 minutos. Mas quando ele veio no intervalo para cumprirmos o combinado, eu falei: "Rueda, não dá". Porque eu sabia como era importante, não dava para jogar com uma possibilidade de uma final e de um título, tínhamos que viver 100% daquela situação. Eu falei, "por favor, me deixa em campo, vamos assumir esse risco juntos, porque tem que ser feito dessa forma". Aí ele entendeu e eu segui no jogo.

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Sobre o pênalti que ele bateu e garantiu a vitória

É sempre muito difícil jogar contra o Vitória lá, é sempre um jogo equilibrado, truncado. Eles jogam bem e a torcida apoia. Naquele jogo, eles saíram na frente e nós precisávamos desse resultado e acabou sendo no final. Eu lembro que eu cobrei uma falta de longe, até bati bem, mas acredito que o goleiro chegaria. Pegou na mão de um jogador que estava na barreira, então, pênalti. Foi um momento muito decisivo, já estávamos nos acréscimos e foi pressão total. Esse pênalti foi um dos pênaltis mais difíceis que eu já bati porque eu sabia o tamanho da responsabilidade, tudo o que envolvia, como era importante para nós estarmos na Libertadores. E o nosso rival, no caso o Vasco, com todo o respeito ao Vasco que estava ali lutando por essa vaga também. Então, eu me lembro de assumir a responsabilidade de bater aquele pênalti, bater forte no meio, que eu tinha a certeza e vinha treinando daquela forma também, e graças a Deus e a muita coragem também ele entrou. Eu falei com o Everton Ribeiro, porque nós éramos os dois batedores ali, e eu conversei com ele para estarmos alinhados em relação a isso. Ele me desejou sucesso e deu tudo certo.

Expectativa para aquele jogo

O cenário, como sempre, em reta final, final de temporada, é de muita pressão. A expectativa é altíssima, então, naquele momento também era assim. Eu me lembro dessa certa ansiedade que nós estávamos para aquele grande jogo. O Flamengo já vinha naquele processo de ser um nome certo na Libertadores, então, em 2016 conseguimos classificar para 2017, e em 2017 gostaríamos de manter da mesma forma para 2018, esse era o grande objetivo. Tínhamos um jogo importante ali na frente, que era a final da Sul-Americana, mas estávamos com essa sensação de conseguir a vitória naquele jogo, porque seria fundamental para a continuação.

Vini Jr naquela partida

O Vini saiu daqui, eu acredito que, no melhor momento dele com a camisa do Flamengo . Ele veio crescendo muito durante a competição, durante os jogos, e era um jogador que nós precisávamos porque entrava no segundo tempo, em um jogo como esse, e clareava muito o jogo. Uma jogada individual, rápido, sempre visando o gol, então, ajudou. Ele entrou muito bem esse jogo e foi fundamental.

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Fonte: Globo Esporte