Desgaste irrita Muricy e jogadores do Flamengo, e Liga vira peso a administrar

Um time estourado, cansado e pressionado por causa de resultados ruins em três competições: esse é o retrato do Flamengo. O diagnóstico foi revelado sexta-feira pelo técnico Muricy Ramalho que, ante a realidade provocada pela rotina de viagens, não poupou de críticas a atual programação do clube.

A confirmação do esgotamento dos atletas veio após a realização de exames de monitoramento. Tanto que o treinador disse ser “loucura” a opção da diretoria de disputar três competições no primeiro semestre.

— Não é desculpa, está nos números. Não dá para cobrar o jogador que não está preparado. É loucura o que estamos fazendo — desabafou.

Já são 13 partidas em sete semanas, com quase nenhum descanso. Por isso, alguns titulares poderão ser poupados no Fla-Flu deste domingo, no Pacaembu.

— Não tenho nem ideia. Está nesse nível. Vou conversar com os jogadores, porque não dá para treinar. Não é legal forçar o atleta a fazer uma coisa que ele não está pronto — revelou Muricy.

A atitude de poupar os jogadores deve também atingir a Liga Sul-Minas-Rio. Fora do calendário, a competição é tratada como de menor prioridade pelo departamento de futebol, embora a diretoria se esforce para mantê-la como principal.

O Flamengo não divulgou qualquer tipo de exame dos atletas. O vice de futebol Flavio Godinho analisou o momento e disse que não há saída por causa da ausência de estádios no Rio.

— Ninguém conseguirá parir outro estádio na cidade em 2016 e a alternativa mais próxima fica a cerca de duas horas de carro. É duro, mas é a verdade: graças às Olimpíadas, o Flamengo terá que viajar por duas horas para “jogar em casa” — afirmou.

Vale lembrar que desde o dia 2 de outubro de 2009, os clubes do Rio sabiam que, neste ano, não teriam estádios disponíveis para utilizar. Mas, durante seis anos não conseguiram encontrar uma solução para o problema.

O dirigente rubro-negro já projetou dificuldades para a disputa do Brasileiro, mas apostou no trabalho que é feito na parte médica e física.

— Todo time que jogou um Brasileirão sem casa (estádio próprio) cortou um dobrado. No caso do Flamengo não será diferente: teremos que suar o litro certo para fazer uma boa campanha — disse.

Fonte: Extra
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