Auxiliares de Tite elogiam Daronco e comemoram empate do Flamengo: "Gosto de vitória"

Na ausência de Tite, coube a seus auxiliares conduzirem o Flamengo no empate de 1 a 1 com o Athletico-PR neste domingo, pelo Brasileiro . O jogo foi elétrico nos últimos minutos, o time carioca ficou perto de ser derrotado, houve polêmica de arbitragem e gol redentor no final. Para o auxiliar Cléber Xavier, o saldo foi positivo.

- Foi um empate com gosto de vitória pela importância do grupo. Por isso que estamos aqui na ausência do Tite. Temos cinco jogadores na Seleção, temos cinco indisponíveis por lesões. A meninada trabalhou muito em cima disso. Tem que valorizar nesse sentido. Fomos iguais no primeiro tempo e melhores no segundo. Não merecíamos sair daqui com derrota - afirmou.

Além de Cléber Xavier, os auxiliares Matheus Bachi e César Sampaio responderam perguntas na entrevista coletiva. Tite não ficou à beira do campo neste domingo porque cumpriu suspensão automática, após receber três cartões amarelos.

Matheus Bachi flamengo — Foto: Gabriel Machado/AGIF

O time carioca chegou a ser superior em alguns momentos da partida, criou chances de gol, mas não teve eficiência para marcar. Aos 43 do segundo tempo, o árbitro Anderson Daronco marcou pênalti para o time da casa por toque de mão de David Luiz na área. Fernandinho converteu aos 46. Foram acrescentados 8 minutos e, no último, o Flamengo empatou.

Jogadores e comissão técnica da equipe paranaense ficaram inconformados com a extensão dos acréscimos. Para a comissão flamenguista, o Athletico retardou o andamento do jogo.

- Acredito que ele (Daronco) tomou decisões certas. Estava impedido o nosso gol (anulado de Gabigol), foi pênalti do David Luiz, o lance que o Zapelli chuta a bola para fora e o tempo que o Madson e o Paulo demoram para bater o lateral passa mais de um minuto. Se tivesse corrido o tempo normal, ia acabar no 52, como ele deu 7. Ele deu um a mais pelo o tempo que o Athletico perdeu de jogo - afirmou Bachi.

Com o resultado, o Flamengo chegou a 18 pontos e evitou ser ultrapassado pelo Athletico-PR, e se manteve na liderança momentaneamente, podendo ser ultrapassado por Bahia e Botafogo, que ainda jogam nesta rodada.

Com o retorno de Tite, o Flamengo terá uma disputa direta pelo topo da tabela diante do Bahia, na próxima quinta-feira, no Maracanã.

Coragem

- O atleta que não tem coragem hoje em dia não joga. Foi importante a gente ter virado o último jogo (com o Vasco), a gente ainda não tinha virado. Quando chegou no jogo, a gente tomou o gol, e senti que os atletas acreditavam na capacidade. Quando um duvidava, o outro empurrava. Vamos, que a gente vai conseguir empate. Essa equipe mostrou que tem alma - disse Matheus Bacchi.

Catorze garotos da base em Curitiba

- Muito legal. A gente vem com um trabalho desde a chegada no ano passado. Diariamente tem no mínimo três ou quatro atletas treinando conosco. São campeões há pouco de Libertadores, têm muitas conquistas. Passamos condições a eles e os tratamos como tratamos todos os atletas. É satisfatório, não é ter medo de colocá-los. São jogadores que estão crescendo nesse trabalho da base e nesse complemento que a gente faz - disse Cléber Xavier.

Importância da torcida

- Torcedor hoje foi fera demais, foi fera demais. Em momentos que a gente se impôs na partida, a gente conseguiu deixar a torcida deles tensa. Nossa torcida não desistiu e foi o reflexo da nossa equipe. Vamos precisar bastante dela na sequência. Lesão faz parte do futebol, mas não sei que outro campeonato em que um time perde cinco jogadores por competição de seleções. Isso não é justo. Um erro faz parte do futebol e quando um jogador erra querendo acertar e depois a torcida aplaude e incentiva, a confiança dele não cai. Quando ele escuta uma vaia, por mais que o companheiro dá um apoio, às vezes se abate. Torcedor vai nos ajudar bastante contra o Bahia e no Fla-Flu, porque o torcedor vai onde nós vamos - afirmou Matheus Bachi.

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Fonte: Globo Esporte