Votos de Ano Novo: veja promessas do Flamengo para 2025

Oficialmente, o mandato do presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, começou junto com 2025 nesta quarta-feira. No clima de "votos de Ano Novo", o ge lista as promessas do Flamengo para a temporada, feitas tanto pela antiga quanto atual gestão.

Em 2025 o Rubro-Negro vai...

A promessa de Bap é profissionalizar o clube, e o principal foco é o departamento de futebol. Se antes o homem forte da pasta era o vice-presidente Marcos Braz, agora o responsável é o diretor técnico português José Boto, contratado para exercer um cargo remunerado.

José Boto e Bap no Ninho do Urubu, CT do Flamengo — Foto: Marcelo Cortes / CRF

O dirigente terá liberdade na montagem da equipe que lhe ajudará a tocar o futebol rubro-negro. Ele vai contratar outros dois profissionais: um assistente direto e um chefe de scouting. A tendência é que ambos também sejam estrangeiros.

O número de profissionais também deve diminuir no CT. Diretor executivo na gestão de Rodolfo Landim (cargo também remunerado), Bruno Spindel terá sua situação definida por Boto e pode ser mantido. Ele é considerado por Bap como um "excepcional trader" (negociante) para contratações.

Gabriel Skinner na chegada ao estádio do Orlando City — Foto: @Marcelinho.fotografia

Outro nome forte para compor o departamento de futebol é Gabriel Skinner. Ele exercia o cargo de supervisor de futebol desde 2019, mas foi desligado por Landim em fevereiro do ano passado. O cargo ainda não está definido, mas Skinner já participa do planejamento.

Outra promessa de Bap é reformar o Estatuto para atacar pontos que considera defasados no documento que rege o clube. Um dos focos, por exemplo, é a extinção de algumas das 19 vice-presidências previstas como obrigatórias. O atual mandatário considera que nem todas são necessárias. Além disso, é a favor de diminuir as responsabilidades para os cargos amadores.

Bap e seus vice-presidentes no Flamengo — Foto: Gilvan de Souza / Flamengo

A ideia é apresentar um projeto para propor mudanças ainda no primeiro trimestre. Porém, uma reforma estatuária pode demorar devido à burocracia e precisa passar por uma Comissão Permanente de Estatuto. O regimento interno dos conselhos do Flamengo diz o seguinte em seu artigo 50:

"I – Para propostas que envolvam apenas alterações em um só Capítulo, excetuados os elencados no inciso II e III, e sem reflexos nos demais, o prazo será de até 30 (trinta) dias.

II – Para os Projetos, o prazo será de até 45 dias, podendo ser renovado, no máximo por igual período, quando os seus reflexos influírem em matéria que versar sobre os seguintes itens do Estatuto:

a) Patrimônio (Título III, cap único).
b) Infração disciplinar e penalidade (Título IV, cap. VI).
c) Responsabilidade Administrativa dos Presidentes de Poder (Título IV, cap. VII).
d) Orçamento (Título V, cap. XIV).
e) Eleições (Título V, cap. XV)".

Silvio e Ricardo Lomba, eleito presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo — Foto: Paula Reis / Flamengo

A tendência é que a diretoria ataque o Estatuto de forma alternada, fazendo emendas, uma de cada vez, para acelerar o processo, ao invés de propor todas as mudanças em uma tacada só. Qualquer alteração precisa ser aprovada no Conselho Deliberativo do clube.

A nova gestão do Flamengo ainda não contratou nenhum jogador, e Boto, em sua entrevista coletiva de apresentação, deixou claro que não há pressa. A única prioridade é buscar um substituto para Gabigol, que não renovou contrato com o clube e se transferiu para o Cruzeiro. Com Pedro lesionado pelo menos até maio, o reforço de um centroavante é tratado como necessidade.

Lassina Traoré comemora um gol pelo Shakhtar Donetsk — Foto: Divulgação / Shakhtar Donetsk

Dois nomes que estão entre os alvos para a função já foram descobertos. Um mais famoso: Róger Guedes, de 28 anos e atualmente no Al-Rayyan, do Catar. Porém, ele tem contrato até meio de 2027 e não é unanimidade no Flamengo . E outro pouco conhecido: Lassina Traoré, de 23 anos e hoje no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Mas as condições físicas do jogador esfriaram o negócio .

Na gestão de Rodolfo Landim, o Flamengo e a Prefeitura do Rio de Janeiro assinaram um termo de compromisso para viabilizar a construção do estádio no Gasômetro com o uso do potencial construtivo da Gávea . O clube estima obter cerca de R$ 500 milhões com o Cepac (Certificado de Potencial Adicional de Construção) da sede rubro-negra.

O acordo de intenções com a prefeitura prevê a elaboração de um Projeto de Lei pelo Município para estabelecer uma operação consorciada utilizando a transferência do direito de construir da Gávea ( algo que o Vasco já conseguiu para fazer a reforma de São Januário, porém o rival ainda lida com atrasos para regulamentação ). Isso precisa passar pela Câmara dos Vereadores.

Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro — Foto: Divulgação / Facebook

Executivo responsável pelo projeto do estádio na gestão anterior, Marcos Bodin fez uma postagem de despedida no Instagram dizendo que o caminho está pronto para a nova diretoria percorrer para a construção: "Deixo a semente do estádio, deixo o caminho para a remissão do foro da Gávea. Fica também o caminho para conquistar o potencial construtivo do terreno da sede da Gávea", escreveu.

Outro compromisso da gestão passada foi a ampliação do Ninho do Urubu após a compra de dois novos terrenos, que serão incorporados à estrutura principal e aumentarão o número de campos de nove pra 13 no CT, incluindo um miniestádio para jogos da base e do time feminino.

Área aproximada do miniestádio (amarelo), terreno para o profissional (vermelho) e para a base (azul) — Foto: ge

Uma aquisição foi um terreno de 10 mil m² para um novo campo do profissional, enquanto a outra foi uma área de quase 20 mil m² para virar dois campos da base. Além disso, o Flamengo está usando o local de um antigo estacionamento para transformá-lo no miniestádio. As obras já começaram.

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Fonte: Globo Esporte