O Flamengo precisava fazer o básico para se classificar às oitavas da Libertadores: vencer o Deportivo Táchira, no Maracanã. Parecia fácil, já que os venezuelanos sequer tinham pontuado na fase de grupos. A missão até foi concluída, mas com doses de drama e tensão antes da euforia.
Euforia sentida na atmosfera dos mais de 66 mil torcedores que comemoraram a classificação após o apito final. Mas que logo foi questionada quando as vaias tomaram conta do estádio e, inclusive, inibiram os aplausos do elenco para a torcida.
Flamengo posado Deportivo Táchira — Foto: Mauro Pimentel/AFP
Ao fim da partida, os jogadores foram ao centro do campo para acenar para os torcedores, mas a comemoração não durou muito quando perceberam as vaias vindas da arquibancada. A torcida, impaciente, é reflexo de um time que complicou jogos contra adversários simples na Libertadores e, consequentemente, precisou fazer conta para se classificar às oitavas.
O Flamengo precisava de uma vitória simples contra o adversário de pior campanha. Mas sofreu para pontuar e passou boa parte do jogo mais perto da eliminação do que da vaga. Foi um jogo - sobretudo o primeiro tempo - com muita dificuldade de criar chances claras. O time de Filipe Luís tinha a posse de bola, o domínio completo do território, mas passava longe de criar perigo.
Pedro lamenta chance desperdiçada pelo Flamengo contra o Deportivo Táchira — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Enquanto isso, a LDU abria 2 a 0 em cima do Central Córdoba em Quito (Equador) e chegava ao primeiro lugar do Grupo C. A ansiedade já tomava conta da arquibancada, que vaiou o time na saída do primeiro tempo. O intervalo foi momento de apreensão total no Maracanã. Torcedores pareciam não acreditar que, naquele momento, o Flamengo estava eliminado da Libertadores.
Apesar disso, a torcida empurrou o time quando o time voltou do intervalo. E o Flamengo correspondeu. Voltou muito mais agressivo no segundo tempo e quase abriu o placar logo no primeiro minuto. O goleiro do Deportivo Táchira defendeu uma boa cabeçada de Gerson. Pouco tempo depois, Arrascaeta foi outro a ser parado pelo defensor, que aproveitou cada segundo para fazer cera.
Gerson lamenta chance desperdiçada pelo Flamengo contra o Deportivo Táchira — Foto: André Durão
Por volta de 10 minutos do segundo tempo, a tensão já pairava entre os jogadores do Flamengo que apareciam visivelmente ansiosos para marcar. Esse nervosismo atrapalhou em alguns momentos e só deu uma trégua aos 20 minutos, quando Léo Pereira marcou o gol após uma jogada ensaiada em cobrança de falta de Luiz Araújo. Àquela altura, o Rubro-Negro chegou ao resultado que precisava.
Se fizesse mais gols, o Flamengo ficaria em primeiro do grupo. Mas a verdade é que praticamente não teve espaço para sonhar com isso. O time produziu muito pouco depois que abriu o placar. Do campo, Filipe Luís orientava, gesticulava e se demonstrava apreensivo. Os minutos do segundo tempo foram passando e, quando tudo parecida encaminhado, o Táchira se lançou ao ataque e fez uma pressão que levou angustiou a arquibancada.
Léo Pereira abriu o placar do Flamengo contra o Táchira e foi comemorar com o técnico Filipe Luís — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Foram minutos dos venezuelanos atacando de qualquer jeito e um Flamengo que contava os segundos para o jogo acabar. Aos 49, último minuto dos acréscimos, a defesa rubro-negra se embolou em uma cobrança de escanteio do Deportivo Táchira, e a bola sobrou para Cano sozinho na área. O atacante chutou, e Rossi fez uma defesa de cinema com os pés.
O apito final segundos depois trouxe o alívio, mas não isentou das críticas. Além das vaias, a torcida do Flamengo protestou com cantos de cobrança vindo da arquibancada. Os jogadores, mesmo classificados, foram para o vestiário ao som de "não é mole não, para jogar no Mengo tem que ter disposição".
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