Todos reclamam, todos têm razão - Athletico 2 x 2 Flamengo

Se sou o árbitro do emocionante e justo Athletico Paranaense 2 x 2 Flamengo - e como sou rigoroso com indisciplina (ao menos em campo...) -, eu expulso Gabi com 3 minutos na Arena, depois de ele responder à falta de Nico Hernández com um soco nas costas do athleticano. Tivesse sido rigoroso o inexperiente árbitro, que nem amarelo deu para a agressão do artilheiro do Flamengo, Gabi não teria acabado com o jejum de 9 partidas sem gols, aos 17, depois de belo lance de ataque carioca; tivesse agido com o rigor necessário na primeira indisciplina de Gabi, o 9 não teria marcado o segundo belo gol, depois de um perde-pressiona de novo bem executado pela equipe de Renato.

Se sou esse mesmo árbitro, mesmo chamado pelo VAR aos 32, eu teria mantido a decisão de campo de expulsar Kayzer, que por quatro vezes acertou ou tentou atingir Leo Pereira na mesma jogada-revide. O que o impediria de ter marcado o primeiro gol da reação athleticana.

Na minha interpretação, um vermelho para cada lado, que mudaria por óbvio o jogo.

Na avaliação do árbitro, critérios distintos. Dele e do VAR.

Aceitaria melhor o árbitro ter apenas amarelado nos dois lances. Mas não ter tomado decisões distintas nas duas agressões.

Como eu também não teria marcado o discutível pênalti reclamado pelos donos da casa, numa subida de braço de Vitinho, aos 3 da segunda etapa.

Lance parecido com o da partida de ida da Copa do Brasil, quando achei mais pênalti que este. Muito mais.

Mas, para mim, lances distintos. Que também cabem discussão. Não opinião única. Sem debate.

O que é indiscutível mesmo é que o Athletico segue se superando.

E o Flamengo segue difícil de imaginar o que vai ser. Pode ser o time letal da primeira hora eficiente, com gente desequilibrante como Gabi e a fase de Michael. Mesmo sem o melhor de Everton Ribeiro, e os ausentes Bruno Henrique e Arrascaeta.

E pode ser o time com brechas e buracos atrás que entregam mais do que a rapadura defensiva, potencializada pelo desgaste físico natual pelo excesso de jogos. Como levou o primeiro gol logo depois da entrada necessária de Thiago Maia, e levou na sequência o segundo - bem anulado por impedimento. Mas não teve como segurar o Furacão que honrou o nome na segunda etapa até o empate merecido pelo aluvião paranaense, aos 48, com Bissoli, na falha de Diego Alves, depois de grandes defesas.

Fonte: TNT Sports