Em entevista ao jornalista Marcos Paulo Lima, do Correio Braziliense, o CEO da gestão privada do estádio Mané Garrincha, Richard Dubois, se empolgou com a eminente disputa da Supercopa do Brasil entre Flamengo (campeão do Brasileiro) e Athletico-PR (campeão da Copa do Brasil), neste domingo, às 11h.

Segundo Dubois, que assumiu o comando da gestão privada do estádio construído para a Copa do Mundo de 2014 ao custo de R$ 1,7 bilhão, o jogo de domingo será o "Super Bowl" brasileiro.

"Já começamos com um evento de grandes dimensões. Provavelmente o jogo mais relevante do início do ano, porque é o campeão do Brasileirão (Flamengo) contra o da Copa do Brasil (Athletico-PR). Será o “Super Bowl brasileiro”, o jogo que une os dois times, e vamos ver quem é o grande time de 2020. Fizemos muitas mexidas (no Mané Garrincha), muitas novidades para o torcedor", disse Dubois.

"O que é bom a gente manteve, a visibilidade, o acesso fácil, mas melhoramos muito a comodidade e, especialmente, a segurança dos atletas e das delegações. Estamos torcendo por casa cheia. As catracas voltaram a funcionar. A gente vai saber instantaneamente qual o público no estádio. Os órgãos de segurança terão acesso. Isso já funcionou no fim de semana passado (no The Send Brasil). Minuto a minuto, a gente tem a entrada por catraca, o que adiciona segurança e tranquilidade ao torcedor", completou.

O CEO do estádio também garante que a administração privada do Mané Garrincha não terá os mesmos problemas que a do Maracanã. O Governo do Rio reclamou de dívidas que chegaram a R$ 38 milhões e rompeu o contrato com a IMX-Holding S.A. Animado.

"A existência de times de futebol de massa não garante a rentabilidade do estádio. O futebol em si, a renda, a bilheteria do jogo, é do time, assim como a do artista não é do estádio. A gente precisa ativar, trazer outros eventos. O Maracanã é um estádio fantástico, estamos até disputando a concessão. Operamos 18 arenas no mundo, então, nós temos alguma experiência nisso. O segredo da operação é trazer conteúdo e potencializar o entorno. O estádio funciona como a ponta do iceberg, mas a rentabilidade vem de uma equação complexa. O fato de não ter times (em Brasília), a gente tem 35 anos de contrato. Esperamos que tenhamos times. Estamos incentivando o Candangão, que dava prejuízo ao GDF e encontramos uma solução em que teremos jogos lá rapidamente. Só preservamos agora por causa da Supercopa. Teremos jogos do Candangão e do Brasileiro. Se não tivermos quantidade, teremos qualidade", analisou.