Romário pendurou as chuteiras há 11 anos e completou quase uma década na vida política. Mas o "Baixinho" segue atento ao mundo da bola. Em entrevista ao jornal Lance!, publicada neste domingo (3), o ex-atacante falou sobre o atual momento do Flamengo e pediu mudanças na seleção brasileira .
Ídolo do Rubro-Negro, Romário elogiou a temporada do time comandado por Jorge Jesus, mas destacou também o bom trabalho na administração do clube. Ele ainda analisou o momento de Gabigol, que é artilheiro do país em 2019
"O Flamengo tem grandes possibilidades de ganhar esses títulos do Brasileiro e da Libertadores, tem time pra isso. Hoje, é o melhor time do Brasil, não tem como não torcer. A parte administrativa tem dado exemplo no Brasil, mesmo com algumas equipes também neste caminho, como Athletico-PR e Palmeiras. Se os outros clubes seguirem essa linha do Fla, tenho certeza que o futebol brasileiro é que vai ganhar em qualidade", disse.
"O Gabigol é um fazedor de gols e a Seleção está precisando disso. Mas pro cara poder fazer gol tem que dar tempo pra ele fazer isso. Não adianta esperar que ele entre e, em dez minutos, resolva. Eu vejo hoje que ele merece sim uma oportunidade, até pelos gols e pela importância dos gols que ele vem fazendo no Flamengo. Espero que nas próximas convocações ele esteja presente e tenha a oportunidade de começar jogando", acrescentou.
Além de pedir a convocação de Gabigol, Romário pediu mudanças no comando técnico da seleção. Para o tetracampeão mundial, o momento é de Renato Gaúcho.
"A seleção brasileira teve um momento de praticar um bom futebol e foi o que aconteceu nos últimos quatro jogos da Copa América. Eu, particularmente, fui contrário e continuo sendo contra o Tite como treinador. Não que ele seja um técnico sem competência, ou mal treinador, mas acho que ele já teve a oportunidade dele numa Copa do Mundo e não abraçou. Então, pra mim, é a vez de dar a chance a outro. E digo pra vocês, se eu fosse presidente da CBF daria a vaga para o Renato Gaúcho", destacou.
Crítico da CBF há bastante tempo, o ex-jogador também não poupou a entidade que comanda o futebol nacional.
"Se tratando de CBF, eu sempre falei e continuarei falando enquanto não houver mudança, o objetivo sempre é ganhar dinheiro para se enriquecer ilicitamente. Todo mundo está vendo o que está acontecendo nesses jogos amistosos. Eu acho que essa Seleção realmente tem deixado muito a desejar, tem bons jogadores, temos o Neymar como nosso principal jogador, mesmo neste momento não se encontrando em um momento de paz como na vida pessoal, como profissional. Isso é ruim pra ele e pra gente como torcedor, que gosta de futebol e sabe bem o que o Neymar representa. Espero que as coisas melhorem, porque se continuar assim, teremos dificuldades em competições mais difíceis", finalizou.