Na coletiva de imprensa apó s a derrota por 1 a 0 para o Botafogo, neste domingo, Paulo Sousa, t écnico do Flamengo , comentou a atuaçã o da equipe no Mané Garrincha, lamentou as oportunidades perdidas e mandou um recado para Jorge Jesus, ex- t écnico do Fla cujas declarações conturbaram a última semana do clube.
Descontente com a postura do seu conterrâneo, que disse ter o desejo de voltar a treinar o Flamengo e estabeleceu prazo até o dia 20 para receber proposta, Paulo Sousa respondeu o seguinte quando perguntado sobre o assunto:
- Em relaçã o ao Jorge, é um treinador que eu respeito. Respeito a história no Flamengo , respeito a importância dessa história e respeito aquilo que o Jorge foi no Flamengo em 2019. Mas també m temos que respeitar o Paulo Carpegiani, que ganhou o t ítulo mais importante da história do clube, que é o Mundial de Clubes. Por isso é essa a situaçã o - disse o treinador do Fla.
"Eu s ó peç o a Deus que abençoe a ele e a sua família. E que ele, muito sinceramente, tenha saúde, paz, sobretudo consigo mesmo. E sucesso", completou.
Paulo Sousa, técnico do Flamengo, em coletiva de imprensa — Foto: Fred Gomes / ge
Sobre a atuaçã o do Flamengo , Paulo Sousa lamentou principalmente o fato de a equipe n ã o ter conseguido converter em gols as várias chances criadas durante a partida.
- O volume de oportunidades foi avassalador, essa é a maior explicaçã o . No pouco volume de transições ofensivas que o nosso adversário teve, conseguiu concretizar um gol. N ó s tivemos várias oportunidades bem claras, um volume bastante grande. Tirando os primeiros 15 minutos, em que nos precipitamos e n ã o tivemos o controle do jogo, a partir dos 15 organizamos bem, criamos nos corredores e na parte central. Criamos oportunidades, fizemos o gol, foi anulado. Sobretudo, explica-se dessa forma. Tivemos várias oportunidades bem claras para sair daqui com uma vitória - disse.
Paulo Sousa també m respondeu sobre a quantidade de jogadores que o Flamengo tem no departamento m édico.
- (Ficar ) Irritado, n ã o . Já disse publicamente: temos uma relaçã o com o departamento m édico muito boa, temos muita confianç a no trabalho deles. Procuramos interagir todos os dias, perceber o que podemos fazer para melhorar e ter os jogadores sempre disponíveis. N ã o tendo, temos mais dificuldades e instabilidades no processo. Até porque, sem a possibilidade de trabalhar, como o Botafogo teve durante a semana, conceitos, estratégias e poder aliar a participaçã o de alguns jogadores, torna-se um agravante. No entanto, estamos confiantes de que vamos melhorar esse detalhe. A grande maioria das lesões s ã o articulares ou lesões que n ã o s ã o muito normais. Estamos tentando perceber de que forma podemos minimizar as lesões musculares - afirmou.
Veja a íntegra da coletiva:
Leia outros trechos da coletiva:
- Penso que é uma pergunta muito distorcida. Acho que n ó s fomos bem superiores, temos feito muitos gols. Na Libertadores temos marcado bastante, temos que melhorar nossa capacidade na capacitaçã o defensiva, isso sim. A volta de alguns jogadores vai dar uma melhor capacidade defensiva. Esse é um ano sensível, há uma ruptura e uma reconstruçã o de processos. Precisamos dar consistência e acreditar convictamente neles.
Vulnerabilidade defensiva
- Como disse, poderíamos ser mais consistentes se tivéssemos todos os jogadores disponíveis, estamos recuperando vários. Acho que em breve vamos ter. Em relaçã o ao treino, é um processo mais difícil. Eu acredito no treino, em trabalhar conceitos em alta intensidade, muito próximo daquilo que é o jogo. Aquilo que procuramos é recuperar os jogadores para poder t ê-los disponíveis. Temos sido infelizes em poucos lances que os adversários criam, mas vamos melhorar com certeza. Temos um grupo extraordinário que quer aprender e quer obter os resultados.
Aproveitamento no Brasileiro
- Hoje tudo fizemos para sairmos vencedores. Temos que continuar mantendo o índice ofensivo como hoje, mas mais efetivos para conseguir as vitórias. Temos que melhorar nossa organizaçã o defensiva, porque nossas transições s ã o bastante boas. Sempre que baixamos o bloco, temos que ser ainda mais consistentes.
Questã o psicológica
- Vendo esse gol, numa transiçã o das poucas em que n ã o tivemos a capacidade de tomar decisões melhores, tivemos um momento em que deixamos de ter esse mesmo controle, mas tivemos uma última parte avassaladora em que criamos muitas, de todo o tipo, oportunidades para criar, mas infelizmente n ã o fizemos. Vamos continuar fazendo aquilo que acreditamos para poder já ganhar na próxima quarta-feira.
- Eu penso que ficou bem demonstrado que a equipe corre, procura, acredita. A equipe cria as oportunidades para poder ganhar. Temos que jogar fora como jogamos em casa, o Flamengo tem que ter uma ideia bem consistente de mentalidade ganhadora. E a í tem que produzir, fazer o trabalho que n ó s fizemos. Temos, em todas as situações, que defender bem. É um momento que n ã o tem sido positivo para n ó s , mas tenho certeza de que estamos convencidos que vamos ultrapassar.
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