No caso do Corinthians atual, é difícil saber onde fica o fundo do poço.

Mas não há como duvidar que completar quatro temporadas sem ganhar título e correndo risco de cair no Brasileiro é um dos pontos mais baixos da história do clube.

Sem falar na dívida astronômica e na bagunça que é o futebol e a política do clube.

O Corinthians precisa um tratamento de choque para sua reconstrução.

E, como não existe solução mágica, deve estar atento para o tipo de caminho que precisa encontrar.

Melhor descartar logo de cara as "fáceis".

SAF não é o caminho para o Corinthians. Com seu tamanho e potencial de arrecadar, qualquer oferta pelo clube seria pouco.

Mecenas no estilo Atlético-MG nem pensar. Futebol profissional não é isso.

Encontrar um Paulo Nobre, que colocou dinheiro do bolso e fez um trabalho brilhante na reconstrução do Palmeiras , não é fácil.

Pior de tudo é a opção mais próxima, a eleição no final do ano de outro seguidor do grupo de Andrés Sanchez, que quebrou o clube.

Sobra o caminho mais duro, mas disparado o melhor.

O Corinthians precisa urgente formar uma "Chapa Azul", o grupo de pessoas brilhantes em administração de outras áreas que transformou o Flamengo de um time quebrado ao clube mais rico da América do Sul .

Mas é preciso saber que esse processo leva tempo.

Antes de ter dinheiro para torrar dezenas de milhões de euros em reforços badalados e ganhar títulos de baciada, o Flamengo precisou se virar com Val, Bruninho, Lucas Mugni, Feijão.

Não existe solução mágica para o Corinthians. Só trabalho de longo prazo. E com gente competente. Não os cartolas que há quase 20 anos destroem o clube.