Michael vive clima de despedida no Al Hilal e tem promessa antiga com o Flamengo; entenda

- Hello Hilal's fans (olá torcedores do Hilal, em inglês). Obrigado por tudo. Que Deus possa abençoar a temporada, que ela seja maravilhosa para vocês. Um beijo no coração, obrigado por todo carinho, toda a atenção, por todo apoio.

Empresário do atacante, Eduardo Maluf está em Riade e vai se reunir com a diretoria do Al Hilal neste domingo. Michael só tem mais cinco meses de vínculo e já pode assinar pré-contrato com outro clube. O Flamengo já manifestou interesse, mas enfrenta concorrência de times da própria Arábia Saudita e do Catar. A prioridade do jogador é voltar ao Brasil.

E nesse caso Michael tem uma promessa a cumprir com o Flamengo . Quando foi vendido em janeiro de 2022, ele disse a Marcos Braz, vice-presidente de futebol, que quando voltar ao país a preferência será do Rubro-Negro pela gratidão que tem pelo clube. O jogador revelou isso ao interagir com os fãs no Instagram, ainda em 2022, e depois reforçou em diversas entrevistas.

Michael disputou 105 jogos e fez 23 gols pelo Flamengo entre 2020 e 2021. Ele foi vendido no início de 2022 ao Al Hilal por 8,45 milhões de dólares (R$ 45,5 milhões na cotação da época).

O Flamengo ainda aguarda para saber as condições do negócio, mas internamente a diretoria está bastante otimista em conseguir repatriá-lo. Desde que Michael saiu, ele mantém contatos com dirigentes rubro-negros, e a relação entre eles é considerada ótima. O clube espera uma sinalização para saber se o investimento terá que ser maior ao Al Hilal ou ao jogador em luvas, caso ele consiga ficar livre no mercado.

Além de ter vivido um ano mágico em 2021 no Flamengo , outro fator que o faz ser grato ao clube é o emocional. No Rubro-Negro, o atacante superou uma depressão vivida em 2020, ano da pandemia da Covid-19. Chefe do departamento médico rubro-negro, Marcio Tannure deu detalhes dessa histórica em entrevista na última sexta-feira ao canal "Barbacast" no YouTube:

- A gente criou uma amizade, ele morava no meu condomínio quando veio para cá. Cheguei um dia e me ligou o Jesus: "Doutor, tem que ver aqui um negócio, o Michael não quer dormir na concentração, vai dormir no carro". Cheguei lá para entender, conversei, estava tendo uma síndrome do pânico. O que tinha acontecido? Ele não queria ficar sozinho, queria levar o amigo que foi deixar ele lá para ficar na concentração, e os caras falaram que não, era proibido. Ele então falou que ia dormir no carro.

- Não é que ele é doido, isso é patológico, ele estava sofrendo. Fui conversando com ele, lembro como se fosse hoje. Entrei no quarto do Jesus e falei: "Mister, a gente tem que tratar esse menino, a gente precisa abraçar ele". Eu não sou psiquiatra, eu que indiquei um, mas teoricamente quem fez o diagnóstico fui eu (risos). Ele tinha uma psicóloga que o acompanhava, mas falei que o caso era medicamentoso. Você só consegue ajudar se a pessoa quer ser ajudada, e ele desde o início entendeu, me contou toda história e tratou realmente.

Na época, o envolvimento de dois dos jogadores mais experientes do elenco foi crucial na recuperação de Michael. Tannure procurou Diego Ribas e Filipe Luis para relatar a situação. Ambos abraçaram de imediato a missão (o ex-lateral-esquerdo continua no clube, hoje na função de técnico do time sub-20). O vice-presidente de futebol, Marcos Braz, também ficou ciente e deu o respaldo necessário.

Assista: tudo sobre o Flamengo no ge, na Globo e no sportv