Mais um Flamengo e Vasco. E este é o primeiro clássico após o histórico 6 a 1 aplicado pelo Rubro-Negro no primeiro turno do Campeonato Brasileiro. As equipes se enfrentam neste domingo, às 18h30 (de Brasília), no Maracanã, pouco mais de três meses do simbólico duelo. Mas o que mudou? Qual foi o rumo das equipes?
O gol de Vegetti logo aos nove minutos foi um bom cartão de visitas para o Vasco. Mas a história mudou rapidamente para o lado do Flamengo . Aos 28, os rubro-negros começaram a virada. Os gols de Cebolinha, Pedro, David Luiz, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol carimbaram a maior goleada vermelha e preta no Clássico dos Milhões.
O Flamengo começou a oitava rodada na terceira posição, mas a goleada o levou até a liderança. No período, o Rubro-Negro oscilou entre as primeiras posições e, entra em campo, neste domingo, como quarto colocado. O Vasco, por sua vez, chegou a figurar na zona do rebaixamento, mas se reergueu e volta a enfrentar o rival já em uma situação melhor, em nono.
Foram 17 jogos, e o Flamengo teve o aproveitamento de 59% (nove vitórias, três empates e cinco derrotas), enquanto o Vasco somou 55% (oito vitórias, quatro empates e cinco derrotas). O Rubro-Negro marcou 26 gols, quatro a mais que o Vasco. No entanto, a defesa vascaína é o destaque sendo a quinta melhor marca no recorte: 17 gols sofridos, cinco a menos que o rival.
Algumas coisas estão diferentes no Flamengo . Tite ainda é o técnico, mas viveu diferentes momentos durante esses 105 dias. Classificado nas Copas, o técnico ainda tenta se manter vivo na briga pelo Brasileirão e vive sua pior fase na competição: três derrotas, um empate e apenas uma vitória nos últimos cinco jogos.
Outro ponto relevante desde o 6 a 1 é a quantidade de lesões que afetaram o Flamengo e o quanto elas mexem diretamente no time que participou da goleada. Três titulares naquela ocasião não entrarão mais em campo neste ano: Cebolinha, Viña e Pedro. Além disso, De la Cruz também será desfalque já que se recupera de lesão na coxa.
O clássico foi o último jogo antes de um período temido pelo Flamengo : a Copa América. Com cinco convocados (Varela, Viña, Pulgar, De la Cruz e Arrascaeta), Tite precisou se reinventar para montar o time. O saldo no fim foi bem positivo. Foram nove jogos e 62,9% de aproveitamento: cinco vitórias, dois empates e duas derrotas, com 15 gols marcados e 11 sofridos.
De lá para cá, Tite manteve um time base apesar das variedades de lesões. A dupla titular na zaga, no geral, é Fabrício Bruno e Léo Pereira. Mas o último viu David Luiz ganhar sequência por um curto período. No meio, Léo Ortiz improvisado como volante saiu na frente dos demais concorrentes pela posição, inclusive de Allan, titular na goleada.
Se o clássico no primeiro turno foi o pontapé para a Copa América, o do returno é apenas o segundo jogo em um árduo caminho que o Flamengo precisará se encontrar: jogar sem Pedro. A grave lesão do atacante em treino da Seleção Brasileira tirou o artilheiro dos gramados por pelo menos oito meses e agora Tite precisa encontrar não só o substituto, mas a melhor forma de atuar sem o autor de 30 dos 87 gols do clube no ano.
Os reforços chegam para carimbar mais uma mudança significativa nos últimos três meses. O Flamengo contratou quatro reforços nesta janela, mas só terá dois à disposição contra o Vasco. Alex Sandro e Gonzalo Plata estarão no Maracanã no domingo, enquanto Alcaraz e Michael serão ausências. O argentino cumprirá suspensão após expulsão na estreia contra o Corinthians, e o atacante se recupera da grave lesão na coxa.
Fica a expectativa se este será ou não o último Clássico dos Milhões no ano. Flamengo e Vasco estão classificado às semis da Copa do Brasil e em chaves opostas, ou seja, podem se cruzar em uma eventual final da competição.
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