A Justiça do Rio de Janeiro absolveu todos os sete acusados do incêndio que resultou na morte de 10 jovens atletas no Ninho do Urubu em fevereiro de 2019. O juiz Tiago Fernandes Barros considerou a ação improcedente, alegando falta de provas suficientes e a complexidade do caso, que estava em trâmite desde 2021.
Réus absolvidos
- Márcio Garotti: diretor financeiro do Flamengo
- Marcelo Maia de Sá: diretor adjunto de patrimônio
- Danilo Duarte: engenheiro responsável
- Fabio Hilário da Silva: engenheiro eletricista
- Weslley Gimenes: engenheiro civil
- Claudia Pereira Rodrigues: responsável pela assinatura de contratos
- Edson Colman: sócio da empresa de manutenção
O juiz fundamentou sua decisão enfatizando a ausência de responsabilidade penal individual e a complexidade do caso. "Ainda que o evento tenha origem tecnicamente identificada, a imputação penal exige que o resultado se insira dentro do âmbito de risco controlável pelo agente", afirmou Tiago Fernandes Barros.
Contexto do incêndio
O incêndio no Ninho do Urubu ocorreu em 8 de fevereiro de 2019 e resultou na morte de 10 jovens atletas. As vítimas, com idades entre 14 e 16 anos, eram parte das categorias de base do Flamengo. O ex-presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, teve seu nome retirado da lista de réus por prescrição.
O Ministério Público havia solicitado a condenação dos réus após ouvir mais de 40 testemunhas. No entanto, a falta de evidências suficientes para sustentar a acusação levou à absolvição.
Reações e desdobramentos
Após a decisão, o Flamengo celebrou acordos de indenização com as famílias das vítimas, restando apenas um a ser resolvido. A repercussão da decisão judicial deve continuar a ser acompanhada, especialmente por familiares das vítimas e pela sociedade, que clama por mais segurança em eventos esportivos.
A decisão judicial também levanta questionamentos sobre a regulamentação e fiscalização de centros de treinamento no Brasil, refletindo a necessidade de maior atenção às condições de segurança para jovens atletas.
As informações são baseadas em dados do ge e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.