Guardiola e Klopp aplicam no futebol filosofias do rugby. E da gestão

Dois dos principais técnicos da atualidade do futebol têm usado elementos da cultura do rugby como instrumentos importantes no trabalho que fazem com seus atletas. E eles não tem a ver com parte tática, mas com gestão de grupo e compromisso, algo também especial para o jogo e para a gestão do esporte.

Jurgen Klopp disse que desde 2001 tem guardado alguns ensinamentos que absorveu quando assistiu ao documentário sobre o All Blacks, a seleção da Nova Zelândia de rugby. A frase dos All Blacks usada pelo técnico campeão inglês e da Champions foi: "Sentimos que estamos no meio de algo, não no fim. Temos que dar tudo até terminarmos nossas carreiras. Enquanto você vestir esta camisa, não é permitido menos do que 100% de entrega."

O alemão não é o primeiro grande nome do futebol que vem se inspirando nos ensinamentos do rugby. Não só nas estratégias de jogo, mas também nos seus valores éticos e morais , Pep Guardiola , do Manchester City, é muito amigo de Eddie Jones, técnico da seleção inglesa de Rugby, e os dois trocam experiências,

Li sobre isso no Lei em Campo, na coluna escrita por Nilo Patussi, advogado especialista em compliance esportivo.

Nilo destaca que "conhecido por ser um esporte de brutos jogados por cavalheiros", o rugby "tem a sua filosofia de jogo inspirada em cinco valores: integridade, respeito, solidariedade, paixão e disciplina."

Pensar além das quatro linhas, (ou fora da pista, ou da água) é também uma filosofia seguida pelos gestores que entenderam a necessidade de administrar um empresa (ou entidade esportiva) de forma profissional, ética e transparente.

Um instrumento indispensável para isso, nas empresas e (já) no esporte tem sido o Compliance.

Programas de integridade são instrumentos eficazes não só para o acerto da gestão do negócio, mas também para facilitar conquistas esportivas.

Não há mais espaço no futebol para uma gestão que não adote um modelo profissional. Governança e compliance não só ajudam na integridade, como também são vetores de captação de recursos. Grandes marcas só se relacionam com empresas/entidades que trabalham protegidas. E essa proteção também serve de exemplo para os atletas que defendem a marca/escudo da empresa/equipe.

No Brasil, já existem clubes que entenderam a importância da gestão séria, não só como compromisso moral, mas para catalisar os resultados desejados.

Mas têm muitos que insistem ainda em se alimentar de velhas práticas que nada contribuem para a saúde da instituição (como PLs que andam por aí).

Mas, nem é preciso dizer, já está visível para todos, estes já ficaram para trás.

Eles não prestaram atenção em Guardiola, Klopp e na filosofia do rugby.

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Fonte: Uol