A noite desta quarta-feira terá ares de reencontro para Tite. Pela primeira vez, o técnico volta para o estado natal agora no comando do Flamengo. O adversário das 21h30 desta quarta-feira será o Grêmio , primeiro dos grandes clubes da carreira do treinador, do qual saiu há 20 anos e pelo qual inaugurou a sala de troféus nacionais .
O gaúcho Tite mora no Rio de Janeiro desde quando era o guia da Seleção no sonho do Hexa. Mas as raízes no Rio Grande do Sul seguem fortes. Antes do acerto, inclusive, o técnico estava em Porto Alegre e foi flagrado (e pressionado para acertar) no voo para o Rio que antecedeu as reuniões prévias ao acordo com o Flamengo.
Abaixo, o ge relembra uma série de fatos e curiosidades sobre Tite em solo gaúcho.
Deixou o Grêmio 20 anos atrás
A primeira oportunidade de Tite em um dos considerados grandes clubes do futebol brasileiro terminou há 20 anos. O técnico foi buscado pelo Grêmio após ser campeão do Gauchão com o Caxias em 2000 e assumiu o Tricolor em 2001.
Naquele ano, viveu momentos marcantes pelo clube gaúcho. Conquistou Gauchão e Copa do Brasil, esteve em uma semifinal de Libertadores e deixou o clube em julho de 2003, dois anos e meio depois de chegar como aposta. Na ocasião, pediu demissão para negociar e só não acertou com o São Paulo por um problema familiar .
Primeiros títulos por clubes gaúchos
As primeiras conquistas de Tite em níveis regional, nacional e internacional foram por clubes gaúchos. Nos primeiros anos de carreira, conseguiu o improvável ao fazer o Caxias superar o grande favoritismo da dupla Gre-Nal para ser campeão gaúcho em 2000.
No ano seguinte, já no Grêmio, montou um 3-5-2 que venceu o Corinthians em pleno Morumbi e sagrou-se campeão da Copa do Brasil . Em 2008, no Inter, conquistou a Copa Sul-Americana, primeiro título internacional da carreira. Depois, o técnico viria a ser campeão da Libertadores e do Mundial pelo Corinthians, entre outros títulos.
Eliminado pelo Grêmio de Renato
Arena, Grêmio comandado por Renato Portaluppi... O cenário da noite desta quarta-feira remete a uma memória muito marcante para Tite no futebol brasileiro. E longe de ser positiva. Há 10 anos, o Corinthians comandado pelo treinador foi eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil de 2013 justamente pelo Grêmio de Renato.
Poderia ser um duelo qualquer de mata-mata não fosse uma cobrança de pênalti de Alexandre Pato. Isso mesmo, aquela, a cavadinha facilmente defendida por Dida. Capaz de tirar do sério até mesmo o tão centrado Tite, que cobrou o atacante em frente ao grupo no vestiário.
Enfrentou o Renato como jogador
Tite e Renato não só dirigem em um mesmo período como também compartilharam gramados no interior gaúcho. Ainda jovens, os dois se enfrentaram em um empate entre Esportivo e Grêmio em Bento Gonçalves. Ambos também chegaram a se encontrar quando Tite ainda estava no Caxias.
Fiel escudeiro desde tempos de Grêmio
No atual Grêmio, dois personagens especificamente tiveram bons momentos e criaram uma relação próxima com Tite. O zagueiro Pedro Geromel foi convocado pelo técnico para a Copa do Mundo de 2018 e, mesmo sem jogar, já teceu diversos elogios ao treinador. Inclusive, ganhou a concorrência com Rodrigo Caio, à época no São Paulo e hoje comandado por Tite no Flamengo.
Outro é Luis Vagner Vivian. O executivo de futebol gremista trabalhou na seleção brasileira durante todo o período no qual Tite foi o treinador. Era o responsável por montar as logísticas da equipe e viajava muitas vezes para vistorias com o próprio técnico.
Isso diz respeito ao elenco atual. Mas uma relação de mais de 20 anos também foi forjada com as cores do Grêmio. O auxiliar Cléber Xavier, então na base gremista, se tornou braço direito do treinador durante a passagem pelo Tricolor, em 2001. Ambos foram colocados juntos a partir de uma intervenção do ex-supervisor de futebol e figura icônica gremista, Antônio Carlos Verardi, já falecido.
Retrospecto ruim como rival na Arena
Tite já enfrentou o Grêmio em três oportunidades na Arena do Grêmio. Além da eliminação na Copa do Brasil de 2013, perdeu pelo Brasileirão daquele mesmo ano e também de 2015.
Aliás, o técnico não sabe o que é vencer do Tricolor desde julho de 2013. Depois, foram seis duelos no comando do Corinthians, com quatro empates e duas vitórias gremistas.
Detonou o gramado da Arena
O estádio gremista também já recebeu o técnico como comandante da seleção brasileira. Tite comandou o Brasil na Copa América de 2019. As quartas de final da competição, contra o Paraguai, foram decididas na Arena. O treinador, geralmente elegante, detonou o estado do campo do estádio. A Seleção só se classificou nos pênaltis após um 0 a 0 no tempo normal.
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