Rafinha não voltará ao Flamengo . E o Grêmio , um dos clubes que chegou a conversar com o atleta, também descartou o lateral. Nesta segunda-feira (22), o presidente Romildo Bolzan Júnior afirmou que não há chance do atleta chegar ao Tricolor.

"Conversamos, mas externei, estabeleci este raciocínio e acabou aí. Quando há uma voz presidencial, há uma voz presidencial. Muitas vezes cedemos, mas, desta vez, pelo projeto, não fizemos algo desta natureza", disse Romildo em entrevista ao Premiere antes da partida contra o São José , pelo Campeonato Gaúcho .

Apesar de Rafinha ser um pedido especial do técnico Renato Gaúcho, Romildo afirmou que a prioridade de contratação do clube é um atacante.

"Precisa um atacante com característica de finalização, que contribua para a movimentação, mas com faro de gol".

Nesta segunda-feira (22), Rafinha deu entrevista ao Seleção Sportv e falou sobre os motivos que fizeram o Flamengo não o contratar .

“O treinador me queria. O departamento de futebol todo queria. Os torcedores queriam. A parte financeira deixei claro que não era problema. Flexibilizei o máximo que poderia para receber em 2022. Fiz o máximo. Com certeza, fui vítima de guerra política. Poderia estar zangado”, disse Rafinha.

“Não foi isso que alegaram para mim, falaram que foi financeiro. Não foi problema. Eles têm essa guerra, não sabia que era isso, achei que era probleminha. O torcedor me queria, gosta de mim, é normal, fui vitorioso, o torcedor sabe o que fiz, deixei minha vida em campo. O futebol queria. Tenho muitos amigos”.

“Do outro lado, as pessoas que fiquei sabendo que não queriam minha contratação. Não tenho mágoa de ninguém, sou grato ao Flamengo. Paguei por uma situação que não tinha nada a ver. Se estão magoados comigo, eles deveriam ficar focados na atribuição deles, finanças, comunicação. Eu paguei a conta nessa guerra aí”.

Durante a semana, o ESPN.com.br trouxe detalhes da negociação entre Rafinha e Flamengo. Apesar de ter acertado com o futebol, comandado pelo vice-presidente Marcos Braz, o lateral teve a volta brecada pelo financeiro.

Internamente, a questão financeira do clube carioca durante a pandemia pesou. No entanto, a reportagem trouxe a informação exclusiva de que uma rusga no passado foi usada por uma parte da diretoria para vetar a contratação, algo que foi confirmado pelo próprio jogador.

O vice-presidente de relações externas, Luiz Eduardo Baptista, o BAP, desafeto de Marcos Braz, teve seu nome pichado durante a semana nos muros da Gávea. O ato de vandalismo pedia a saída do cartola e a contratação de Rafinha. BAP faz parte do chamado ‘conselhinho’ do Flamengo, que discute todas as decisões que serão tomadas pelo clube.