Os dois gols de Gabi contra o Palmeiras não foram o suficiente para o Flamengo levar o título. Mas evidenciam o poder de decisão do novo camisa 10, que chegou ao 14º gol em decisões pelo clube carioca. A responsabilidade, porém, vai além das quatro linhas.
Gabigol comemora gol do Flamengo contra o Palmeiras — Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
Visado pelos torcedores do Palmeiras desde o aquecimento no Mané Garrincha, Gabi abriu o placar aos 26 do primeiro tempo e explodiu na frente da torcida palmeirense. A camisa com o novo número foi levantada em comemoração rendendo um cartão amarelo - um dos poucos números negativos do atacante nesta final de Supercopa.
O atacante foi o maior finalizador do jogo (5), acertou 82% dos passes, anotou um desarme para conta, além de dois gols. A apresentação no ataque é rotineira, mas o mapa de calor de Gabi mostra um camisa 10 participativo também no campo defensivo.
Mapa de participação do Gabi na Supercopa — Foto: Footsats
Ao tentar buscar o jogo, o atacante protagonizou duas cenas curiosas contra o Palmeiras. Logo após abrir o placar, ele já voltou para a buscar a bola no campo de defesa na jogada seguinte. Em um outro momento, enganou Dudu com um drible de corpo, na sequência fez Veiga bailar e acertou uma boa invertida para Ayrton Lucas prosseguir a jogada.
O senso de liderança não foi demonstrado só durante o jogo dentro das quatro linhas. Já vice-campeão, Gabi chamou para si a responsabilidade depois do jogo e foi o único a pedir para falar com a imprensa. Assim como fez na final da Libertadores em 2021, também contra o Palmeiras, quando foi um dos primeiros a falar.
- Claro que queríamos ganhar, mas temos que ser um pouco racionais. É um começo de trabalho, é um trabalho novo. Precisamos melhorar algumas coisas que precisam de tempo. É normal.
Esta foi a 14ª final de Gabi com a camisa do Flamengo - foram 14 gols marcados entre finais únicas ou ida e volta. Ao todo, no Fla, já são 138 gols, o que o torna o 11º maior artilheiro da história do clube. Somente contra o Palmeiras são oito gols em mesmo número de partidas disputadas de vermelho e preto. Não à toa, o clube paulista é o adversário contra o qual mais vezes balançou a rede: 14 gols em 24 jogos, somando os jogos com a camisa do Santos.
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