
Em busca de reforços para o futebol, o Flamengo deixou para trás dívida e evitou chance de problemas com o Consórcio Maracanã. O clube quitou nos últimos dias R$ 20 milhões do empréstimo pedido no fim de 2013 com a Odebrecht, que lidera o consórcio que ainda administra o estádio - temporariamente cedido para os Jogos Olímpicos. Na ocasião da assinatura de contrato de dois anos com o estádio,
o clube aprovou empréstimo de R$ 27 milhões
.
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Nós já pagamos o Maracanã. Foi pago
agora. Com recursos do Flamengo, com desconto. Eram R$ 27 milhões de empréstimo. A gente
quitou com desconto - disse o vice-presidente do Flamengo, Claudio Pracownick, nesta terça-feira.
A entrevista completa com o vice de finanças será publicada na próxima sexta-feira pelo GloboEsporte.com.
O Flamengo tinha até o fim de dezembro para quitar os valores emprestados pela Odebrecht
. Caso não realizasse este pagamento no prazo estabelecido o contrato do Flamengo com o Consórcio poderia ser renovado automaticamente. O clube, entretanto, decidiu se antecipar e aproveitou parcela da renovação de contratos de transmissão de jogos para se livrar desta pendência. No balanço trimestral, divulgado no fim da semana passada, ainda
constava cerca de R$ 24 milhões de débito. Mas não há mais esta dívida.
- A dívida com o Maracanã estava prevista para ser paga até o fim do ano. Fizemos uma negociação razoável com a Odebrecht e já pagamos - afirmou o vice de finanças.
Questionado se a rapidez para quitar a dívida - de dezembro do ano passado até março deste ano o Flamengo pagou menos de R$ 3 milhões - poderia influir na negociação com o governo e com a própria Odebrecht, que deve devolver a concessão do estádio, Pracownick respondeu apenas que "tem a ver com um montão de coisa".
Após bater o pé e avisar que está fora do estádio até que seja feita nova licitação na qual o Flamengo seja protagonista no estádio
, nada mudou para o clube. O vice de finanças, no entanto, admite que o Flamengo conversa com o governo do estado e com potenciais parceiros para assumir o negócio.
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O Flamengo tem expertise para gerir qualquer estádio do país. E de
maneira muito mais eficaz. Por necessidade financeira estudamos vários
modelos em vários estádios e já operamos vários estádios em amistosos e jogos de
campeonato. Mas os termos da licitação é que são relativos. Primeiro tenho que saber: haverá mesmo licitação? Os
clubes poderão participar? Haverá necessidade de investimentos? Aí o Flamengo
vai julgar se entra sozinho, se entra com parceiros... Há interessados que estamos
conversando, mas dar qualquer opinião em cima de algo tão abstrato ainda seria enganar a torcida. O que
colocamos ao governo é que temos interesse em avaliar a participação na licitação. E
mantemos esse interesse. Estamos dispostos a participar e a contribuir com o
estado e para os torcedores - afirmou Pracownick.