A Polícia Civil do RIo de Janeiro investiga uma transferência do atacante Pedro, do Flamengo , ainda na base. Segundo informações da "TV Globo", a suspeita é de que a saída do jogador do Duque Caxiense, em 2013, foi irregular.

Com o aval da Ferj, Pedro trocou o pequeno clube carioca pelo Artsul, que virou dono dos seus direitos federativos.

Na equipe da Baixada Fluminense, o antigo vice-presidente do Artsul, Cristiano da Costa Pereira, se tornou empresário de Pedro ao lado de Marcio Coutinho dos Santos.

Sete meses depois, mesmo sem jogar pelo Artsul, Pedro assinou com o Fluminense . E desde então, a cada negociação, rendeu cifras ao pequeno time do Rio de Janeiro por conta do mecanismo de solidariedade da Fifa.

Só neste ano, com o Flamengo exercendo a compra por 14 milhões de euros (R$ 90 milhões) com a Fiorentina , o Artsul tem para receber algo em torno de R$ 9 milhões. Pouco tempo antes, no fim do ano passado, o presidente do Duque Caxiense, Carlos Roberto Silva, entrou com uma queixa na Delegacia de Defraudações dizendo que a negociação da saída do atacante para o Artsul teria sido ilegal.

Outro envolvimento de Pedro na Polícia é por conta da passagem relâmpago pelo Bangu, como o próprio atacante confirma. O time de Moça Bonita recebeu R$ 200 na época em que Pedro foi vendido para a Fiorentina e agora pode arrecadar mais R$ 400 mil com a compra exercida pelo Flamengo.

A Polícia investiga a saída por conta de um e-mail feito por um treinador e que acabou aceito pela Ferj para liberar o atleta. A transferência apareceu no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF no dia 4 dezembro. No entanto, o pedido do técnico acabou sendo feito apenas no dia 5.

A mãe de Pedro, Maria Cristina Gomes de Abreu, confirma que recebeu R$ 80 mil de empresários que ainda trabalham com o filho pela negociação. Em seguida, disse que ‘doou’ R$ 50 mil para Gilberto, ex-treinador de Pedro, por livre e espontânea vontade, dizendo ter reconhecido o esforço do técnico com o filho. Por outro lado, Gilberto nega que recebeu qualquer quantia da mãe de Pedro e que tinha poderes dados ‘de forma verbal’ para liberar o atleta para o Artsul.

O jogado, familiares e outros envolvidos na investigação ficaram em silêncio. A Ferj afirmou que agiu na legalidade e que vai mandar provas para a Polícia para descartar a ilegalidade.