Flamengo aprova contas de 2024, apesar de clube ter primeiro déficit desde a pandemia da Covid-19

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Em reunião no Conselho Deliberativo na noite desta terça-feira, no salão nobre da Gávea, o Flamengo aprovou as contas de 2024, último ano da gestão Rodolfo Landim. Foram185 votos a favor, 51 contra e 22 abstenções.

A temporada passada terminou com um déficit de R$ 735 mil e foi o primeiro ano com números negativos desde a pandemia da Covid 19, quando o clube registrou menos R$ 59 milhões em 2020. As contas foram auditadas pela empresa "Ernst & Young".

Nos bastidores, houve uma corrente favorável à reprovação das contas ou à aprovação com ressalvas por descumprimento ao artigo 146 do Estatuto do clube. O terceiro parágrafo em questão diz que o superávit não pode ser inferior a 3% do faturamento orçado e nem o déficit pode ser superior a 3%. O resultado negativo de 2024 ficou em 6,3%.

Além disso, o Conselho Fiscal apontou para o descumprimento do prazo de envio das contas ao órgão, o que deveria ser até o último dia de fevereiro e só aconteceu no dia 19 de março. Em seu parecer, diz ainda que deveria ter sido feita uma readequação orçamentária no segundo semestre de 2024, ano em que o Flamengo quebrou o seu recorde de investimentos em aquisição de jogadores com R$ 415 milhões, incluindo todos os custos (luvas e intermediação).

Conselho Deliberativo aprovou participação do clube em leilão do terreno em 2024 — Foto: Paula Reis/Flamengo

Já a Comissão de Finanças apontou também que 2024 foi o ano de menor receita de venda de atletas desde 2018, quando o total foi de R$ 107 milhões, e se mostrou preocupada com o aumento das despesas, que representam 76% da receita da temporada, maior patamar desde a pandemia. Mas recomendou a aprovação das contas e indicou a necessidade de gerar um caixa maior para as obrigações de curto prazo, citando por exemplo o futuro estádio.

Ausente das reuniões do Conselho Deliberativo este ano, o ex-presidente Rodolfo Landim marcou presença no encontro desta terça-feira e fez um discurso favorável à aprovação das contas. Ele alegou que o desequilíbrio que feriu ao artigo 146 do Estatuto se deve aos R$ 146,1 milhões investidos na compra do terreno do Gasômetro para a construção do estádio, operação que foi aprovada pelos conselheiros.

— Colocar ressalva porque eu cumpri a decisão que o próprio Conselho Deliberativo tomou para comprar o terreno me parece esquizofrênico — afirmou Landim durante o seu discurso.

Landim, Rodrigo Dunshee e Marcos Bodin com a chave do terreno do Gasômetro — Foto: Marcelo Cortes / CRF

Alguns conselheiros rebateram a justificativa para o resultado financeiro citando como exemplo a contratação de Alcaraz, feita posteriormente à compra do terreno em 2024. O meia argentino foi o reforço mais caro da história do clube, ao custo de R$ 110,6 milhões, mas não se firmou e acabou emprestado este ano para o Everton, da Inglaterra. Apesar da guerra de narrativas, a maioria dos 258 sócios presentes ao encontro decidiu pela aprovação.

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Fonte: Globo Esporte