O Flamengo volta de Santiago del Estero com um ponto após empatar em 1 a 1 com o Central Córdoba em jogo válido pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores. Arrascaeta abriu o placar para o Rubro-Negro no primeiro tempo, e Gastón Verón buscou o empate para os argentinos na segunda etapa. Filipe Luís concedeu entrevista coletiva após a partida na Argentina e citou a oscilação do time para deixar a vitória escapar.
- Os erros técnicos nos levam a perder a bola e temos que correr atrás da bola. E, na verdade, nós temos um time que está feito para ter a bola. E o grande forte do nosso time, a grande força desse Flamengo, são jogadores que não perdem a bola, que gostam de ficar com bola e, com volume, criam chances e essa imposição sobre o adversário. Hoje, perdemos muita bola, como eu repito, tivemos muitos erros técnicos. Fisicamente não estávamos com o nosso... Não sei, não conseguimos simplesmente tirar o tempo do adversário, eles conseguiram fazer as dinâmicas de ataque, tem dois pontas muito rápidos, nos empurraram para trás com lançamentos em profundidade e cruzamentos.
Filipe Luís em Central Córdoba 1 x 1 Flamengo na Libertadores 2025 — Foto: Flamengo
- Como a gente não conseguiu dominar o território, eles dominaram. E, por volume e por número de cruzamentos, um erro foi fatal. Não analisei ainda o gol, mas depois de tantos lançamentos e cruzamentos em que a defesa esteve bem, uma não (foi bem). Não digo que a defesa oscilou, mas que a equipe oscilou. Na fase defensiva, os 11 jogadores, como um bloco, não conseguiram pressionar ou subir a pressão da forma que deveríamos e acabaram sofrendo. Então agora, voltar ao trilho o mais rápido possível para poder corrigir esses detalhes, treinar para a gente poder ajustar e fazer um grande jogo contra o Bahia no final de semana - apontou Filipe Luís.
O treinador também citou a falta de confiança como um dos motivos para o momento de oscilação. A equipe não vence há dois jogos e vem de uma derrota para o Cruzeiro por 2 a 1, pelo Campeonato Brasileiro.
- Mantivemos a regularidade durante alguns meses, até chegar a esse momento. É verdade que não estamos no nosso melhor momento de confiança. Futebol é estado anímico. Fizemos um grande jogo contra o Corinthians, depois uma derrota dura contra o Cruzeiro, e é claro que os jogadores sentem. O que temos que fazer é recuperar o nosso caminho o quanto antes possível. Se perdoar, recuperar a confiança que perderam. Como fazer isso? Treinando, jogando, na frente da nossa torcida agora no final de semana e esperamos fazer uma grande jogo. Com isso esperamos retomar. Claro que em algum momento da temporada iria acontecer, infelizmente tem sido agora.
Filipe Luís admitiu ainda que o time sentiu o cansaço, o que se refletiu na atuação.
- Tecnicamente não estivemos bem, depois fisicamente também sentimos, a verdade é que sentimos. O adversário nos deu território, nos pressionou muito bem. E, principalmente, nós não conseguimos pressionar. Houve muito volume de jogo deles, muitas bolas nas costas, muitos cruzamentos para a área. No fim, empataram a partida. Até fazermos o gol, estávamos indo bem. Mas depois, a verdade é que o time caiu, e tecnicamente não estamos no nosso melhor momento. Mas, respondendo à pergunta, precisamos voltar a ser o que somos, o quanto antes, para poder avançar. E o que precisamos fazer para passar é vencer as duas partidas da melhor forma possível.
O Flamengo segue na terceira colocação do Grupo C, com apenas cinco pontos somados após quatro rodadas. A LDU lidera com oito, empatada com o próprio Central Córdoba, mas tendo vantagem no saldo de gols.
Escolha por Danilo no time titular
- O Danilo foi uma escolha. Eu tenho três zagueiros de seleção brasileira, no meu ver. Hoje, pelo plano de jogo, entendi que era melhor ter um canhoto do lado esquerdo para sair da pressão. E o Danilo, é claro que para um jogador desse calibre eu vou dar minutos. O Danilo sempre que jogou tem jogado bem, é um líder muito importante pra mim. E comigo é assim, sem esperar, eles recebem uma oportunidade no jogo mais difícil da temporada. E eu sei que eu posso contar com ele, tanto é que rendeu da forma como eu esperava.
Saída de Pedro no intervalo
- O Pedro não vinha fazendo um bom jogo, nem fisicamente, nem tecnicamente. Como toda a equipe, tecnicamente, ele estava abaixo. E fisicamente eu sentia que ele não estava com a força necessária para poder pressionar, para poder atacar os espaços, porque eles estavam com a linha alta. E decidi pelo Juninho no intervalo. O Pedro... Tem que entender que vem de sete meses parado e nessa sequência ele vai sentir um pouco.
Matheus Gonçalves não ter entrado
- Foi uma escolha, né? Eu já falei várias vezes, eu não joguei com o ponta aberto, e a minha troca foi pelo Luiz Araújo. Eu optei pelo Luiz Araújo por dentro e abri o corredor para o Wesley e, depois, para o Varela. No meu modo de ver, nesse jogo, o Bruno estava na esquerda, o Arrasca na frente, mas eu não senti o momento de colocar ele (Matheus), nem o Michael e nem outros jogadores que ficaram sem entrar. Porque, para mim, o campo estava pedindo isso, e aí eu tomei essa decisão dependendo da minha visão no campo.
A classificação preocupa?
- Claro que me preocupa. Nós estamos nessa situação porque nós mesmos nos colocamos nessa situação. E só depende da gente para poder sair. Então, o que está ao nosso alcance é ganhar os dois jogos em casa, fazer o maior número de saldo possível, porque podemos depender de uma combinação de resultados, dependendo do que aconteça. Então, o que está ao nosso alcance hoje é ganhar os próximos dois jogos em casa para poder passar nessa fase de grupos. E a realidade é que não está sendo da forma como a gente esperava.
Lições com a derrota
- A derrota ensina, né? Ou, sei lá, as atuações, e como eu sempre falo, o jogo é um guia pra gente poder corrigir os erros e melhorar e evoluir como equipe. O Central Córdoba tem uma forma muito peculiar de jogar, uma forma muito direta de pressionar, de defender, um sacrifício muito grande, na qual o treinador entende que é o melhor para a equipe dele. Eu tenho um modelo de jogo e eu entendo que é o melhor, a minha ideia, eu acredito que é o melhor para poder levar o time mais perto da vitória. O resultado a gente não controla, mas eu sempre penso em dar aos jogadores a melhor forma que eu acredito para eles poderem chegar perto da vitória. Então, cada jogo é um jogo diferente. O Central Córdoba vai ter uma forma, o Bahia tem outra, o Cruzeiro tem outra, e a gente se adapta sempre com a diversidade que vier pela frente. Mas é claro que é uma forma muito válida, a forma como essa equipe joga.
Jogo contra o Bahia em casa
- Você veste a camisa do Flamengo, que tem uma grande responsabilidade, e isso sempre exige que você vença. Esse é o nosso dever, nós sabemos disso, do objetivo que temos. E como disse antes, fomos nós mesmos que nos colocamos nessa situação, mas só nós podemos sair dela. É verdade que não estamos no nosso melhor momento, tivemos uma derrota hoje em um jogo que nós mesmos perdemos, e isso é responsabilidade principalmente do técnico. Mas está ao nosso alcance sair dessa situação, e não há nada melhor do que ter a oportunidade de jogar diante da nossa torcida para vencer, recuperar a confiança e voltar ao caminho das vitórias. Depois, veremos o que acontece no grupo, mas acreditamos que, enquanto estivermos vivos, teremos chances.
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