Atualmente no Santos , o volante Jean Lucas foi formado nas categorias de base do Flamengo e na sua primeira passagem pelo Peixe, em 2019, trabalhou com Jorge Sampaoli de técnico.

O argentino recentemente foi demitido do Fla após um trabalho que não deu resultados, desagradou a torcida e criou um clima turbulento nos vestiários entre atletas e comissão técnica. Porém, a experiência de Jean Lucas foi bem diferente da imagem que ficou do argentino na Gávea.

"Em 2019, o Bruno Henrique foi para o Flamengo e um jogador tinha que ir para o Santos, e ele (Sampaoli) me ligou. 'Você quer vir jogar comigo?'. Eu falei 'não, claro, Santos, quem não quer jogar no Santos? Vou, sim'. Conversei com os meus pais 'vamos para o Santos, lá vamos ser muito felizes'. Chegando lá, comecei a jogar, joguei três jogos, mas desse jeito dele, não muda não (risos). Joguei três jogos e fiquei três sem entrar", disse Jean Lucas, ao programa "Boleiragem", do SporTV.

"'Estou aqui emprestado, tenho que fazer acontecer, senão vai dar ruim. Vou voltar para o Flamengo, e depois o que vai acontecer?'. Falei 'qual foi a desse cara? Me chamou para vir para cá, não vai me botar para jogar, não?'. Fui conversar com ele 'professor, tenho um ano para ficar aqui, o que tenho que fazer para jogar?'. Ele me chamou na sala, começou a me mostrar um monte de vídeo dos caras 'eu quero que você faça isso daqui'. Mostrava De Bruyne...me falou 'quero que você faça igual a ele, movimento, passe'. Então tá bom, vou tentar fazer igual ao De Bruyne (risos)", continuou.

"Ele me mandava vídeo no Whatsapp, virou tipo um pai para mim, conversava comigo todos os dias. Ele falou 'chega cedo (no treino) e vai embora depois de todo mundo'. Foi um cara que foi essencial para mim no Santos, me ajudou muito, é um cara que tenho muito carinho, me ajudou muito na minha carreira", analisou.

O volante de 25 anos também deu mais detalhes de sua convivência com Sampaoli no Santos em 2019, ano em que o Peixe foi vice-campeão do Brasileirão e teve "pontuação de campeão" (74), mas não foi páreo para a máquina rubro-negra de Jorge Jesus, que levantou a taça com 90 pontos.

"É um cara que gosta muito de conversar, que dá muita dura também. Uma personalidade muito alta. Tinha uns garotos que tinham até medo de treinar lá com ele, quando estávamos fazendo trabalho de passe, tinha uns jovens que erravam, ele xingava mesmo. Exigia muito do jogador"