Atacante de 22 anos e que atua pelo Dnipro, da Ucrânia, relatou os horrores vividos neste início de guerra do país com a Rússia

Terra de inúmeros atletas de futebol do Brasil, a Ucrânia tem vivido uma quinta-feira (24) triste por conta do início da guerra com a Rússia, que realizou os primeiros bombardeios nas cidades de Kiev e imediações desde as primeiras horas da madrugada.

Um dos brasileiros que atua no país, o atacante Bill , revelado pelo Flamengo e que atualmente está no Dnipro , contou em entrevista ao ESPN.com.br os detalhes da tensão que ele e a família tem vivido nesta quinta-feira.

"A gente ouve sim algumas explosões. Graças a Deus a cidade que eu moro não foi atacada, mas a gente escuta, sim. É uma coisa aterrorizante", contou o atacante, que revelou que ainda não foi contactado por ninguém sobre a possibilidade de deixar a Ucrânia no futuro próximo.

"A gente está em contato com alguns brasileiros, mas informações sem sucesso. Ninguem se prontificou em ajudar a gente, a tirar a gente do país. A gente vai tentar por nosso meio, né... A gente está assim, cara. No hotel do clube, reunido, esperando para tomar a melhor decisão e ver o que vai fazer", finalizou.

Ao todo, 41 jogadores brasileiros atuam na Ucrânia, sendo 31 na primeira divisão e outros 10 na segunda liga ( clique aqui e veja a lista ).

Em comunicado, a Embaixada do Brasil na Ucrânia se posicionou sobre os conflitos no país, que instaurou a lei marcial (Em resumo, leis e autoridades civis estão suspensas. A partir de agora, passam a valer leis militares e as decisões são tomadas pelos chefes das Forças Armadas da Ucrânia).

" Solicita-se aos cidadãos brasileiros em território ucraniano, em particular aos que se encontrem no leste do país e outras regiões em condições de conflito, que mantenham contato diário com a Embaixada. Caso necessitem de auxílio para deixar a Ucrânia, devem seguir as orientações da Embaixada e, no caso dos residentes no leste, deslocar-se para Kiev assim que as condições de segurança o permitam ".