Finazzi foi artilheiro do Corinthians no Brasileiro de 2007 e teve chance de jogar pelo Flamengo

Atualmente batalhando a carreira de treinador, Finazzi passou por mais 35 clubes ao longo da carreira. E o artilheiro do Corinthians no Brasileirão de 2007 poderia ter acrescentado mais um time em seu currículo: o Flamengo .

A chance de jogar na Gávea surgiu após o centroavante viver uma temporada de 2005 inesquecível: foi o principal goleador do Campeonato Paulista pelo América de Rio Preto-SP, venceu a Copa do Brasil pelo Paulista e fez vários gols pelo Athletico-PR .

“Quando eu artilheiro do Paulistão eu já tinha aos 32 anos. Logo em seguida, fui campeão da Copa do Brasil com o Paulista de Jundiaí em cima do Fluminense. Depois, fui jogar a Série A do Brasileiro pelo Athletico-PR e fiz 14 gols em 13 jogos. Foi a maior média de gols da minha carreira", afirmou ao ESPN.com.br .

"Perdi a chuteira de ouro do ano para o Fred por um gol! Eu marquei 36 e ele 37. Fiquei à frente de Tévez, Romário, Robinho e Deivid. Posso dizer que em 2005 fui o artilheiro com mais expressão no Brasil”.

No começo do ano seguinte, Finazzi conta que teve uma oferta tentadora de um clube de Israel e outra do Flamengo, mas optou por jogar fora do Brasil.

“Só que essa negociação deu errado, e o Flamengo continuou fazendo a proposta. Mas era uma época em que os clubes do Rio estavam muito endividados e o futebol carioca estava muito fraco. Ninguém queria jogar estadual do Rio de Janeiro com medo de não receber ou ficar queimado. Tive a possiblidade e acabei não indo. Fui para o Fortaleza porque já conhecia o clube, pagava em dia e ofereceu coisas que o Flamengo não ofereceu”.

“Eu considero o único erro da minha carreira. O único erro de escolha na minha carreira toda foi não ter jogado no Flamengo no começo de 2006. Eu ainda não tinha jogado pelo Corinthians. Se já tivesse jogado pelo Corinthians, eu faria a opção pelo Flamengo nem que tivesse dez meses de salários atrasados ou todo bagunçado. Eu teria noção do que é jogar numa equipe como Corinthians e Flamengo. Jamais teria feito essa opção. Eu sou muito realizado como jogador, mas a única coisa eu poderia ter acrescentado era jogar no futebol carioca, que faz parte da história do Brasil. Pretendo um dia trabalhar lá como treinador”, garantiu.

Finazzi jogou até os 41 anos, quando decidiu pendurar as chuteiras, em 2014.

"Em 2013, foi o segundo melhor ano da minha carreira: fiz 30 gols aos 40 anos de idade. Eu pretendia jogar mais um pouco e virar treinador logo em seguida. Mas encontrei condições muito precárias para a prática do futebol e isso me desanimou", contou.

Depois de parar com o futebol, ele passou cinco anos trabalhando como gerente de um clube de pôquer que pertencia aos seus amigos de infância. Em 2019, resolveu retornar ao futebol.

"Não tinha como ficar longe e a vontade de ser treinador era muito grande. Fiz os cursos da CBF e um estágio com o Fábio Carille no Corinthians, que me abriu as portas para começar. Depois, comandei o Goiânia. Tenho vontade de trabalhar em grandes clube do Brasil e sei que tenho boas ideias".

"Pretendo ter muito mais sucesso como treinador do que tive como jogador. Tenho o sonho de ser treinador da seleção brasileira e o objetivo de vencer duas Copas do Mundo seguidas, algo que ninguém fez".