Artilheiro do Flamengo na Libertadores, grande destaque do time nas últimas partidas e capitão na vitória sobre o Vasco no primeiro jogo da final carioca. Everton Ribeiro vive um momento mágico, comparado, segundo o próprio jogador, com o período em que defendia o Cruzeiro e foi eleito o melhor do Campeonato Brasileiro nas conquistas de 2013 e 2014.
Everton chegou ao clube na metade de 2017, e no início teve oscilações até se readaptar ao ritmo do futebol brasileiro, após passagem pelo Al-Ahli, dos Emirados Árabes. Após 115 jogos com a camisa rubro-negra, ele curte seu momento de mais brilho e protagonismo.
- Acho que sim (mesmo nível de quando foi craque do Brasileiro). Espero poder fazer ainda muitos grandes jogos daqui para frente - afirmou em entrevista no palco da decisão do próximo domingo.
Everton Ribeiro comemora um de seus gols contra o San José — Foto: Alexandre Durão/ GloboEsporte.com
Após vencer o Vasco por 2 a 0, domingo, no estádio Nilton Santos, o Flamengo tem a vantagem de perder por até um gol de diferença e ser o campeão carioca pela 35ª vez, domingo, no Maracanã. Everton quase ficou fora do primeiro jogo por causa de dores em um dos dedos do pé esquerdo, problema que ainda o acompanha.
Confira a entrevista completa com o camisa 7:
GloboEsporte.com : você vive uma grande fase e tem sido o grande destaque na maioria dos últimos jogos. Acredita que alcançou o mesmo nível de quando defendia o Cruzeiro e foi eleito por duas vezes seguidas o melhor do Brasileiro?
Everton Ribeiro : Acho que sim. Estou muito feliz dentro e fora de campo e podendo fazer meu melhor. Junto com a equipe, tento evoluir todo dia. O time também está me dando muito suporte. Espero poder fazer ainda muitos grandes jogos daqui para frente.
Everton Ribeiro comemora seu gol de pênalti contra o Fluminense — Foto: Jorge R Jorge/BP Filmes
Na ausência do Diego no primeiro jogo da final contra o Vasco, o Abel te deu a braçadeira de capitão. Acredita que também foi um gesto para reconhecer sua contribuição ao time?
É uma honra ter sido o capitão em um jogo tão importante como uma final. Isso mostra que confiam no meu trabalho, que confiam em mim. Isso é o mais importante para um jogador. Que eu possa continuar ajudando o máximo possível dentro de campo para conquistarmos títulos.
Sonha em ser o responsável por levantar uma taça com a camisa do Flamengo?
Seria incrível, mas não me atento muito a isso. Quero celebrar títulos junto com meus companheiros. Isso seria a maior alegria, independentemente de ser capitão ou não.
A vantagem de dois gols sobre o Vasco já faz muitos rubro-negros darem como irreversível a conquista do título Carioca pelo Flamengo. Como o time encara isso?
Não tem nada definido, sabemos que temos que entrar da mesma maneira. O Vasco tem um time forte. Não podemos perder nosso foco, independentemente do que estão falando. Vai ser um jogo pegado, e queremos fazer uma grande exibição para sermos campeões.
Um dia depois da finalíssima do Carioca já tem viagem para Quito. Como é administrar na cabeça ter uma decisão estadual pela frente e poucos dias depois ter que entrar em campo para enfrentar a LDU, na altitude, em uma partida importantíssima para a sequência na Libertadores?
Dentro do clube, sempre dizemos que cada jogo é uma decisão. Jogar no Flamengo é bom por isso. Sabemos da responsabilidade que temos. Temos que pensar primeiramente na final, tem um título em jogo. Na quarta já tem mais. O Abel vai saber escolher quem está melhor, quem tem melhor recuperação para fazermos bons jogos.
O fato de o Flamengo ter conseguido vencer o San José em um lugar mais alto do que Quito aumenta a confiança?
Sim, estamos bem preparados. O suporte que temos da comissão é muito bom. Já estamos nos preparando para jogar na altitude. Não vai ser fácil, mas estamos confiantes para este grande jogo.
— Foto: Divulgação