Flamengo e São Paulo se enfrentam nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília) no Maracanã, buscando entrar nos trilhos para voltar a sonhar com um título brasileiro que não acontece desde 2020 do lado carioca, e desde 2006 pelo lado paulista. Enquanto o Tricolor perdeu em casa para o FOrtaleza na estreia, o Rubro-Negro venceu o Atlético-GO fora, mas jogando muito mal.
Um jogador que conseguiu ser campeão brasileiros pelos dois clubes foi Gilmar Rinaldi. O ex-goleiro primeiro brilhou no São Paulo no título nacional de 1986. Seis anos depois, repetiu o feito com o Flamengo no campeonato de 1992.
- Olha, cada um teve a sua importância na sua época. O São Paulo estava fazendo uma nova geração, de jogadores experientes e alguns jovens, eram os "Menudos do Morumbi". Tivemos um jogo fantástico com o Guarani, 3 a 3 no tempo normal, depois prorrogação e pênalti. Deu uma visibilidade para o mundo todo. O Flamengo é o Flamengo. Também era um time mesclado, com jovens promessas, o Junior que era o nosso capitão, nosso maestro. E estávamos em uma situação um pouco complicada, nosso time quase não se classifica. A gente sofreu muito, e ninguém acreditava que aquele título fosse acontecer. Só que entrou em campo o fator mais importante do Flamengo: a torcida. Ela carregou a gente nos últimos jogos. E o Mengão mostrou a força que tinha quando embala.
Questionado sobre quem é o favorito, Rinaldi não ficou em cima do muro e apontou quem acha que vai vencer, mas ressaltou que favoritismo no futebol vale só na teoria:
- Eu acho que o Flamengo, porque tem uma equipe estruturada, já montada há algum tempo. É uma sequência que está sendo dada. E o São Paulo vem com problemas, começou já com problemas no campeonato, há uma discussão muito grande de seu treinador no momento, que é um jovem que precisa de tempo para mostrar seu potencial. Teoricamente o São Paulo começa o jogo bem inferior, mas isso é teoria, porque no futebol isso não funciona. Duas equipes grandes do tamanho de Flamengo e São Paulo, só na hora do jogo que vamos ver quem tem garrafa para vender.
E no gol, quem está melhor servido para o jogo? Aí o ex-goleiro ficou dividido entre Rossi e Rafael, mas apontou para um momento mais estável na meta dos dois clubes:
- Difícil dizer. Temos aí um convocado para a seleção brasileira, o outro também é nível de seleção... Vamos ver no campeonato o que eles vão mostrar. (...) Eu acho que agora os dois (clubes) atingiram um pouco de equilíbrio, porque tanto Flamengo quanto São Paulo passaram uma época trocando muito de goleiro. E goleiro não é bom que fique toda hora trocando. Ele tem que ter a prerrogativa de arriscar a coisa mais difícil, até de errar de vez em quando. Porque senão ele vai ficar um goleiro comum, e um goleiro comum não pode jogar nem no Flamengo e nem no São Paulo.