'Caixa ficou de dar o valor final do terreno do Gasômetro em três dias', diz Pedro Paulo sobre estádio do Flamengo

Em reunião envolvendo o Flamengo , a prefeitura do Rio de Janeiro e a Caixa Econômica, a empresa estatal se comprometeu à dar um valor final pelo terreno na região do Gasômetro, onde o rubro-negro planeja construir seu novo estádio, em três dias. Foi o que revelou ao GLOBO o deputado federal Pedro Paulo.

— A Caixa ficou de dar o valor final em três dias. Estamos falando em R$ 2.400 por metro quadrado, com um ajuste de 10 a 15%. Falamos de cara que a Caixa teria que abrir o valor de face do terreno, que é o que esperamos — falou Pedro Paulo.

Realizada na manhã desta segunda-feira, a reunião foi realizada na sede do banco no Rio de Janeiro, no Centro, e contou com a presença do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim e o presidente da Caixa Econômica, Carlos Vieira. Além disso, Guilherme Schleder e Jorge Arraes, secretário municipal de Esportes e de Coordenação Governamental, respectivamente, e Thiago Dias, subsecretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, participaram do encontro, assim como Pedro Paulo.

Reunião em jantar na Barra

De modo geral, foi firmado, por parte do Flamengo e da prefeitura do Rio, um novo compromisso em prol do avanço das tratativas para a realização do projeto do novo estádio particular do rubro-negro. Não à toa o prefeito Eduardo Paes, que não compareceu na reunião pela manhã, estará presente em jantar — promovido por Delair Dumbrosck, ex-presidente do Flamengo, o evento contará também com a presença de ex-dirigentes do rubro-negro, além de conselheiros e figurões da política do clube, como o diretor de relações externas Cacau Cotta — que acontecerá em restaurante na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, como forma de sinalização do apoio do poder municipal ao projeto.

A ida de Paes ao jantar tem também como intenção confirmar a ideia de que parte dos recursos para a compra do terreno da Caixa virão através da transferência do potencial construtivo da Gávea, sede do Flamengo, que ainda depende de aprovação na Câmara dos Vereadores.

O potencial construtivo se refere à quantidade de construção permitida em um terreno de sua propriedade. Esta medida é utilizada para controlar o crescimento urbano, de acordo com o plano diretor de cada cidade. Em vez de construir na Gávea, o Flamengo usaria o recurso para o estádio.

O terreno, de 87 mil metros quadrados, pertencente a um fundo de investimentos gerido pela Caixa, e o acordo está dependendo da precificação da área. O Flamengo não queria gastar mais de R$ 250 milhões, e contou com ajuda da Prefeitura do Rio para destinar recursos para a operação.

No projeto a ser apresentado pelo Flamengo, os arquitetos e responsáveis pela negociação sobre o estádio vão mostrar os estudos para a exploração econômica da área na zona central do Rio, e falar de valores.

Em ano de eleições presidenciais no Flamengo e municipais no Rio, a temática do novo estádio mobiliza a política de ambos os lados.

Fonte: O Globo