O diretor de futebol do Flamengo, José Boto, explicou os bastidores da venda de Gerson ao Zenit-RUS em entrevista ao "UOL Esporte". Ele revelou que a renovação assinada em abril de 2025, com multa reduzida para 25 milhões de euros, foi uma decisão estratégica para garantir o pagamento integral e imediato.
A previsão se confirmou em julho, quando o clube russo quitou a cláusula, gerando cerca de R$ 160 milhões aos cofres rubro-negros.
Boto disse compreender o desejo do jogador por melhores salários, sem qualquer crítica:
“O futebol é uma indústria que gera dinheiro e é normal que todos queiram ter o melhor para eles. A mim, não me choca que o Gerson tenha procurado melhores condições financeiras”, afirmou.
O dirigente acrescentou que a redução da multa evitou desgastes:
“Sempre tive a sensação que o Gerson, apesar de ter renovado, aspirava mais salário. É natural, isso não é uma crítica. Percebíamos que o Zenit poderia voltar à carga. Então, baixar a cláusula foi para obrigar a recebermos o dinheiro à vista. Se mantivesse os valores que estavam, obrigaria a mais uma negociação, com pagamento parcelado, com mais desgaste”, detalhou.
Segundo ele, a solução encontrada foi fixar um valor adequado ao mercado europeu, com a condição de pagamento imediato:
“O que pensamos foi: colocamos um valor que o clube pode pagar e que só sairia por esse valor à vista. Isso foi acordado com o estafe do Gerson. Foi isso o que aconteceu”, finalizou.
Apesar da transferência, Gerson não tem conseguido repetir o mesmo desempenho no Zenit e estaria insatisfeito no novo clube.