Rivasco, Rivernense... os rivais do Flamengo se organizaram para torcer contra o Rubro-negro na final da Copa Libertadores, neste sábado, às 17h, contra o River Plate, em Lima. Um movimento que os flamenguistas conhecem bem como funciona. Afinal, nas décadas passadas foram eles que se notabilizaram por 'secar' os concorrentes em decisões importantes. Agora, se veem do lado oposto.
O caso mais recente foi o da Liga Dos Urubus. Em 2008, um grupo de rubro-negros se mobilizou para torcer pela LDU na final da mesma Libertadores que hoje o time deles decide. O motivo, claro, era o fato de que do outro lado da decisão estava o Fluminense. A movimentação deu certo: o time equatoriano foi campeão em pleno Maracanã após decisão nos pênaltis.
— Embora eu gostasse do futebol do Fluminense, enumerei as razões para se torcer para a LDU. E a aceitação foi imediata. Até porque figuras como o Renato Gaúcho, sempre muito provocador, geram isso — lembra o publicitário Fábio Gil.
Embora não haja notícias sobre a criação da Liga dos Urubus, foi por meio do blog do torcedor de 41 anos que o movimento se tornou conhecido da massa rubro-negra. Hoje, ele vê graça nas torcidas criadas por vascaínos e tricolores para apoiar o River Plate.
— O futebol é sacanagem, brincadeira. Tem que ter mesmo. Se o Flamengo perder, eles vão ficar felizes e zoando a gente. Estão no caminho certo. Tem mais é que zoar mesmo.
E foi o que os rubro-negros fizeram não só em 2008 como também dez anos antes. Na ocasião, o objetivo era secar o Vasco na final do Mundial de clubes. E assim foi feito com a Fla-Madrid. A torcida criada pelo rubro-negro Cláudio Cruz foi um sucesso, principalmente porque um dos jogadores do clube espanhol era Sávio, ídolo dos flamenguistas.
— A diferença da Fla-Madrid para a Rivasco é que a primeira envolveu o Brasil todo, e essa é mais pequenininha, mais localizada. Não vai nem dar coceira — provocou Cláudio Cruz, idealizador da torcida e da camisa que viraram moda há 21 anos.
Sem esquecer o passado provocador da Liga Dos Urubus, Fábio Gil também não perdeu a chance de alfinetar a torcida criada pelos vascaínos.
— Rivasco não é nada sonoro. É horrível! A gente é bem mais criativo — brincou.