Análise: oscilação normal tira 100% de um Flamengo que não tem por que dramatizar tropeço

Um Flamengo que fez por merecer a vitória, mas que não pode reclamar de injustiça no primeiro tropeço como mandante neste Brasileirão.

Em um duelo de ataque contra defesa com o São Paulo, o time de Jorge Jesus teve volume de jogo, transpiração, mas passou longe de demonstrar a inspiração que garantiu as oito vitórias consecutivas e a liderança do campeonato. Tecnicamente abaixo do nível de excelência das últimas exibições e desgastado pelo pouco tempo de recuperação, o Flamengo soma um ponto no empate sem gols que está longe de ser preocupante.

Arrascaeta lamenta oportunidade perdida em Flamengo x São Paulo — Foto: André Durão

Arrascaeta lamenta oportunidade perdida em Flamengo x São Paulo — Foto: André Durão

Os 59% de posse de bola com 19 finalizações comprovam que o Rubro-Negro foi um time impositivo mais uma vez no Maracanã. Tiago Volpi, por sua vez, não foi obrigado a fazer nenhuma grande defesa, e o São Paulo soube deixar morno o jogo diante de um adversário que parecia ter que fazer mais força para criar do que o costume.

O tão badalado trio ofensivo passou distante de fazer a diferença. Arrascaeta foi a peça mais lúcida, mas Bruno Henrique e Gabriel perdiam bolas bobas e careciam da força física habitual. Éverton Ribeiro também faz parte da lista dos que não viveram boa jornada.

Números de Flamengo x São Paulo

  • Posse de bola: 59% x 41%
  • Finalizações: 19 x 7
  • Chances claras: 7 x 2
  • Faltas cometidas: 18 x 25
  • Passes trocados: 413 x 190

Fosse picotando o jogo com 25 faltas ou congestionando o meio de campo, o São Paulo foi eficaz na estratégia para conter o ímpeto do Flamengo de 100 gols em 2019. Objetivo facilitado em um primeiro tempo onde Rodinei, Renê e Piris da Motta evidenciaram o peso das ausências dos poupados Rafinha, Filipe Luís e Gerson.

Não à toa, Jorge Jesus lançou o que tem de melhor na etapa final. Com o 1 ao 11 ideal, o Flamengo amassou o São Paulo, mas feriu pouco. A precisão nos passes e finalizações a partir da entrada da área não funcionou, e o empate sem gols ficou de bom tamanho.

Gabigol se revolta com terceiro cartão amarelo. Artilheiro passou em branco — Foto: André Durão

Gabigol se revolta com terceiro cartão amarelo. Artilheiro passou em branco — Foto: André Durão

Não teve gol do Gabigol. Mas também não há motivos para drama. As oito vitórias consecutivas agora são nove jogos de invencibilidade do líder do Brasileirão, que vira a chave para o compromisso mais importante dos últimos 35 anos: quarta-feira tem semifinal da Libertadores contra o Grêmio, em Porto Alegre.

Fonte: Globo Esporte
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