Semifinais do Campeonato Carioca: jogo de ida entre Vasco e Flamengo será no Nilton Santos

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Diante da escolha do Vasco pelo Nilton Santos, o Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (Bepe), por questões de segurança, pediu para que os setores Norte e Sul sejam fechados na partida, o que representa até menos 8 mil torcedores no estádio. As partes farão uma reunião entre quarta e quinta-feira para bater o martelo. A Ferj chegou a sugerir que o Vasco mandasse o jogo no Maracanã, mas o clube decidiu mesmo pela casa do Botafogo.

Depois da reunião, o Volta Redonda afirmou que jogará a partida de volta contra o Fluminense no Raulino de Oliveira. A Ferj indicou que vai respeitar a decisão do clube.

Por terem realizado as melhores campanhas na Taça Guanabara, Flamengo e Volta Redonda terão a vantagem de resultados iguais nas semifinais na busca pela classificação. Na decisão não há vantagem para ninguém, com exceção do mando de campo no segundo jogo da decisão para quem fez mais pontos.

Presidente da Ferj, Rubens Lopes não compareceu à reunião, que foi presidida por Marcelo Vianna, vice-presidente de competições. A entidade justificou que Rubinho "não precisava lidar com isso".

- Foi o ponto que a gente precisou de tranquilidade para definir (escolha pelo Nilton Santos). Trouxemos o Bepe para que pudesse pontuar sobre o local. A escolha do Vasco nos pegou de surpresa, mas é uma escolha legítima, eles têm esse direito. A PM explicou as dificuldades do Nilton Santos, disse que é mais inseguro que o Maracanã, ainda mais num momento de Carnaval, mas entendem que dá para fazer o jogo. O Bepe fez uma diminuição do estádio, de 45 mil para 36 mil torcedores - afirmou Marcelo Vianna.

O Vasco teve a figura do diretor executivo Marcelo Sant’Ana na reunião, que explicou a escolha pelo clássico no Nilton Santos. Ele afirmou que gostaria de ter o Maracanã sempre que fosse desejo do clube, não só em situações impostas pela federação, lembrando das discussões recentes com Flamengo e Fluminense pelo uso do estádio. O dirigente ainda revelou que procurou o Rubro-Negro no domingo à noite, para debater sobre o tema, mas que foi ignorado.

- O Vasco joga em qualquer estádio, não temos objeção. Se fosse pelo nosso desejo jogaríamos em São Januário. O Vasco gostaria de utilizar o Maracanã sempre que é do nosso desejo, não só quando é uma vontade coletiva, como seria agora. Nos últimos anos o Vasco tentou jogar no Maracanã, mas não teve sucesso mesmo que seja um estádio com tradição muito grande. O Vasco não pode ser mandante e não poder explorar camarotes, bares e estacionamento, que são receitas significativas. Entendemos que neste momento o Nilton Santos é mais adequado aos nossos interesses. No domingo à noite tentamos contato com o Flamengo sobre isso, mas não tivemos retorno. Na segunda nós conversamos com nossos jogadores, e quando vazou a escolha o Flamengo nos procurou para tentar um acordo - declarou o dirigente vascaíno.

Quem representou o Flamengo no encontro foi o Dekko Roisman, responsável pela área de Relações Institucionais do Flamengo, representou o clube rubro-negro. O dirigente afirmou que a preferência era por dois jogos no Maracanã e corroborou o discurso da Ferj sobre a partida ser realizada num fim de semana atípico na cidade.

- A gente preferia os dois jogos no Maracanã, até para tornar o campeonato mais atraente, com mais gente, recorde de público, como foi em 2024, mas o Vasco foi irredutível mesmo com as ponderações do Bepe, televisão e Ferj e quis manter o jogo no Engenhão. O Bepe fez ponderações relevantes em relação a segurança. Não estamos em um sábado qualquer, é um sábado de Carnaval. Vamos ter limitação de acesso e dois setores interditados para venda - disse Dekko Roisman após a reunião.

Além de Marcelo Sant'Ana e Dekko Roisman, dirigentes de Fluminense e Volta Redonda também estiveram presentes. Paulo Angioni e Marcelo Penha, diretor de futebol e coordenador administrativo, respectivamente, representaram o Tricolor, enquanto o Voltaço se fez presente com o vice-presidente Flavio Horta Júnior.