A ausência do vice de futebol Marcos Braz na viagem do Flamengo ao Peru, para a estreia na Libertadores, teve como motivação a tentativa de conter a crise no departamento de futebol, que gera cobranças crescentes na Gávea.
Com sessão presencial na Câmara dos Vereadores, Braz passou a segunda-feira, quando o time já havia viajado, em reuniões com o restante da diretoria e também com membros de torcidas organizadas.
O dirigente debateu com outros membros do Conselho Diretor e com o presidente Rodolfo Landim, que, de férias, participou por vídeo, o atual panorama do futebol do Flamengo.
Braz foi cobrado a dar dastisfações em relação ao ambiente dos atletas com o técnico Paulo Sousa, que também está pressionado para deixar o cargo. E confessou problemas internos.
Uma declaração atribuída a Braz e reproduzida pelo Blog do jornalista Juca Kfouri agitou os grupos de diretoria e conselheiros do Flamengo.
Nesta quarta-feira, o dirigente receberá um grupo de conselheiros para explicar o que acontece no departamento de futebol. Nos últimos dias, uma carta foi enviada ao Conselho Diretor cobrando mais profissionalismo no futebol.
Em outra frente, entretanto, o vice-presidente combinou com organizadas que normalmente lhe dão apoio de encontrar com jogadores no Ninho do Urubu nesta quinta-feira, quando a equipe se reapresenta para treinamentos.
A ideia é que três integrantes de cada torcida conversem com os líderes do elenco. No desembarque no Rio, o capitão Éverton Ribeiro disse não saber da reunião, mas outros jogadores estariam dispostos a ela.
Entre eles, David Luiz, Gabigol e Diego Ribas, duas lideranças em ascensão e o camisa 10 que ainda conserva o maior respeito entre todos os jogadores do Flamengo.
Houve resistência de parte da direção e de funcionários do departamento de futebol ao encontro com torcedores, e a tendência é que ele não aconteça dentro das instalações de trabalho do CT Ninho do Urubu.