O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) recorreu da absolvição dos sete réus envolvidos no incêndio que resultou na morte de dez jovens atletas do Flamengo em 2019. A juíza Clara Maria Vassali Costa Pereira da Silva recebeu o recurso na sexta-feira, 24 de outubro, o que poderá levar a uma nova análise do caso.
Réus envolvidos
Os sete réus que podem ser responsabilizados estão relacionados a diversas funções dentro do clube e da empresa envolvida na instalação dos contêineres que pegaram fogo. Os nomes são:
- Antonio Marcio Mongelli Garotti (ex-diretor de Meios do Flamengo)
- Marcelo Maia de Sá (ex-diretor adjunto do Patrimônio – Obras – do Flamengo)
- Claudia Pereira Rodrigues (representante da empresa NHJ)
- Danilo da Silva Duarte (engenheiro responsável pela fabricação, montagem e instalação dos contêineres)
- Fabio Hilario da Silva (engenheiro responsável pela fabricação, montagem e instalação dos contêineres)
- Weslley Gimenes (engenheiro responsável pela fabricação, montagem e instalação dos contêineres)
- Edson Colman da Silva (responsável pela manutenção dos aparelhos de ar-condicionado)
Contexto do incêndio
O incêndio ocorreu em 08 de fevereiro de 2019 e resultou na morte de dez jovens atletas, enquanto 16 conseguiram escapar. As chamas foram provocadas por um aparelho de ar-condicionado, que se espalhou rapidamente devido ao revestimento inflamável dos contêineres usados como alojamento.
Na primeira análise do caso, o juiz Tiago Fernandes de Barros absolveu os réus, alegando que a denúncia do MPRJ era genérica e contraditória. Vale ressaltar que Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, não está entre os acusados devido a questões de prescrição.
Próximos passos
Com a aceitação do recurso, o MPRJ busca reverter a decisão anterior e responsabilizar os réus. O desenrolar deste processo será acompanhado de perto, tanto pela comunidade esportiva quanto pela sociedade em geral, que demanda justiça e segurança para jovens atletas em alojamentos esportivos.