Maurício critica gritos da torcida do Fluminense lembrando incêndio no Flamengo: "Absurdo"

Após a derrota do Flamengo para o Fluminense por 1 a 0 , no Maracanã, nesta quarta-feira, o técnico Maurício Souza, que comandou a equipe pela última vez na Taça Guanabara, falou com a imprensa. Ele comentou os gritos da torcida tricolor de "time assassino". Mauricinho pediu consciência e considerou "um absurdo" a postura dos torcedores adversários.

- A gente não controla, o que a gente pode afirmar é que não há assassinos no Flamengo. O que aconteceu até hoje machuca a gente, porque vai ficar marcado na história do clube. Não controlo o grito da torcida adversária, que tenta de alguma forma ferir a gente com esse absurdo, eu acho um absurdo. Acho que a gente deveria ter um pouco mais de consciência, respeitar mais o que aconteceu, porque foi um trauma para todos nós.

O grito da torcida tricolor fez referência à morte de 10 adolescentes das divisões de base rubro-negras no incêndio no Ninho do Urubu, em fevereiro do ano passado. No Brasileirão, a torcida do Vasco já havia entoado o mesmo canto no empate por 4 a 4, também no Maracanã.

Sobre a partida, o comandante da equipe acreditou que faltou "movimento da equipe", para que conseguissem sair vitoriosos.

- Chegou um momento do jogo em que a gente conseguia construir, mas não conseguia atacar a última linha do Fluminense. A intenção era dar essa encorpada para conseguir definir as jogadas. Faltou um pouco mais de movimento da equipe. Ganhar no um contra um, no confronto individual. Entregamos o time com 7 pontos, na zona de classificação.

Maurício Souza Flamengo Fluminense — Foto: André Durão

Maurício Souza Flamengo Fluminense — Foto: André Durão

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Sobre a partida

- Acho que não foi o cansaço. Foi um jogo muito corrido, mas acho que não podemos tirar o mérito do Fluminense, que teve problema no início para sair da pressão, mas é um time experiente. Conseguiu cadenciar, fazer o jogo esfriar, tirar o nosso ímpeto.

Libertadores Sub-20

- Está sendo preparada com o (Phelipe) Leal. ELe ficou preparando a equipe. A gente vai discutir isso quando eu voltar.

Base do Flamengo

- A gente veio representar um trabalho que todos conhecem. É um trabalho de excelência que a base do Flamengo faz. Ela não dá só retorno competitivo, mas também financeiros e em atletas que podem encorpar o elenco profissional

Substituições

- Pode ter sido um fator (mudanças sobrecarregaram Pepê). Em algum momento em ia virar para um 4-2-4 e trazer o Pepê para o lado. Mas acho que o nosso time parou de movimentar. A verdade é que paramos de construir no setor, essa bola que o Yuri fazia bem. O jogo ficou imprevisível. Não tínhamos mais o domínio técnico e tático. As mudanças não surtiram o efeito que pensei, de dar mais peso. Aconteceu um monte de coisa no jogo neste momento, acho que nosso time sentiu um pouco o ritmo forte do Fluminense.

Jogadores que podem ir para o profissional

- As escolhas ficam com o Mister. Ninguém mais capacitado que ele hoje. Ele viu os jogos, acho que vai estar bem ciente das escolhas que vai fazer.

Possíveis reforços para a base

- O Flamengo está de olho, está o tempo todo trabalhando para trazer os melhores. O que dá para garantir é que o departamento está muito ligado ao mercado.

Nota ao time nas primeiras rodadas

- Saio extremamente satisfeito com o que a equipe produziu na maior parte dos jogos. Confrontos pesados com equipes mais fortes fisicamente.

Fonte: Globo Esporte
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