Matheus Sávio, cria do Flamengo, sonha com reencontro no Mundial: "Quero jogar contra os melhores”

Com a conquista da Liga dos Campeões da Ásia em 2022, o Urawa Red Diamonds garantiu uma vaga na competição, onde enfrenta River Plate, Monterrey e Internazionale no Grupo E. Se avançar, Matheus pode cruzar com um clube brasileiro, e a ideia de enfrentar o Flamengo o motiva.

Sobre a disputa do torneio internacional, Matheus Sávio garante que o Urawa Red Diamonds não viajará apenas para participar.

— Sabemos que será difícil, pois enfrentaremos times muito qualificados, como River Plate, Monterrey e Internazionale. Mas temos que ser confiantes. Estamos representando uma grande instituição e trabalhando forte para fazer uma grande competição. Nosso objetivo não é apenas cumprir tabela, mas competir de verdade e buscar a classificação — ressaltou.

Sávio chegou ao futebol japonês em 2019, quando assinou com o Kashiwa Reysol. Em seis temporadas, venceu o título da segunda divisão e o foi reconhecido como melhor meia da elite. Transferido para o Urawa, ele encara um novo desafio com grandes expectativas.

— Cheguei este ano com um novo objetivo, um novo clube. Ainda estamos nos primeiros meses de trabalho e não começamos como queríamos no campeonato, mas temos tempo para evoluir. O Urawa é um time com muita tradição e tem tudo para brigar por títulos. Sabemos da responsabilidade de jogar no clube com a maior torcida do Japão e queremos melhorar nosso desempenho — destacou.

Formado nas categorias de base do Flamengo, Matheus disputou 25 jogos pelo time profissional, marcou quatro gols e conquistou títulos como a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2016 e o Campeonato Carioca de 2017.

+ Melhores do mundo 2024/25: Salah e Hansen lideram disputa por prêmio em votação do ge

Além da boa fase no futebol, Matheus também celebra um momento especial na vida pessoal. Recentemente, ele e sua esposa, Emely, tiveram a segunda filha, Betina, que se juntou ao primogênito, Benjamin. Para ele, a paternidade tem sido uma grande motivação.

— Acho que é a maior felicidade do mundo. A chegada dos meus filhos mudou a minha vida, a da minha esposa e da minha família. Quero ser um exemplo para eles e deixá-los orgulhosos. Isso reflete dentro de campo também. Quando a gente está feliz, nossa família também está, e isso nos dá força para trabalhar com dedicação — completou.

Sobre as diferenças entre o futebol brasileiro e o japonês, Matheus destacou a intensidade do jogo no Japão como o principal fator. Segundo ele, há diversos elementos que influenciam essa característica, sendo um deles a qualidade dos gramados, sempre em perfeitas condições, o que favorece um jogo mais rápido. Além disso, a disciplina dos jogadores japoneses, a cultura tática e a busca constante pela perfeição chamaram sua atenção.

Mesmo satisfeito no Japão, Matheus não descarta um retorno ao Brasil no futuro. Para ele, no futebol, é preciso aproveitar o momento. Atualmente, sente que está no auge da carreira, acaba de mudar de clube e assinou um contrato longo, com objetivos a cumprir.

– Se eu dissesse “nunca”, seria uma palavra muito forte. No futebol, precisamos aproveitar o momento. Hoje, me sinto no auge da carreira, acabei de mudar de clube e assinei um contrato longo. Estou muito feliz e tenho objetivos a cumprir aqui. No curto prazo, não penso em voltar, mas não descarto a possibilidade no futuro. O Campeonato Brasileiro tem um nível muito alto, com grandes jogadores, e sempre será uma opção.