Maracanã terá quatro campos reservas em fazenda no interior do Rio para duas trocas de gramado por ano

A dupla Flamengo e Fluminense projeta mudança no tratamento do gramado do Maracanã. Está prevista a troca da grama por, pelo menos, duas vezes ao ano. Planejam ainda o cultivo do equivalente a quatro campos reservas em uma fazenda na Região dos Lagos. O projeto consta na proposta financeira que o consórcio Fla-Flu apresentou em licitação realizada pelo Governo do Estado.

O consórcio encabeçado pela dupla venceu a concorrência pública para a operação e exploração do Complexo Maracanã, o que inclui o estádio Maracanã e o ginásio Maracanãzinho pelos próximos 20 anos. O resultado ainda será oficializado pelo Governo em Diário Oficial nos próximos dias.

Nos últimos anos, o gramado apresentou muitos danos, principalmente após longas sequências de jogos. A situação provocou constantes críticas de jogadores, técnicos e dirigentes do futebol. O Maracanã recebe cerca de 70 jogos por ano. No planejamento apresentado ao Governo, essa média vai se manter, com ainda um grande show realizado anualmente.

Maracanã — Foto: Felippe Costa

Há cinco anos, Flamengo e Fluminense fazem a administração, manutenção e gestão do estádio, de forma temporária. Apesar da indefinição sobre o futuro, a dupla fez intervenções e agora pretende adotar medidas eficazes para resolver as falhas - em 2022, já houve modificação com adoção de pequeno percentual de gramado sintético no campo natural do estádio.

O novo projeto prevê que o gramado seja trocado de acordo com as condições climáticas do ano - um tipo nas proximidades do verão, outro, no inverno. As mudanças devem ser realizadas num período mais curto, em apenas uma semana, para não inviabilizar a realização de jogos. Para isso, o consórcio deve investir em equipamentos importados utilizados na Copa do Mundo do Catar.

Grama cultivada em Saquarema — Foto: Divulgação

Os quatro campos reservas serão cultivados em uma fazenda no município de Saquarema, na Região dos Lagos, a cerca de 100km do estádio - que pertencem à Greenleaf, que costuma renovar vínculo a cada dois anos com o Flamengo e Fluminense, e a Itograss, outra empresa especializada no tema.

Fonte: Globo Esporte