Fora do jogo deste sábado contra o Volta Redonda, Emerson Sheik vive um momento de questionamentos no Flamengo. O atacante de 37 anos renovou seu contrato por uma temporada, bancado pelo diretor executivo Rodrigo Caetano, mas foi um dos mais afetados pela rotina de jogos desgastantes, e caiu de rendimento.
A insatisfação não é só da torcida, mas internamente o veterano tem ouvido reclamações sobre a falta de coletividade. Entre os com coragem para esbravejar, está o centroavante Guerrero. A dupla, na prática, não funciona como o esperado.
O último gol do peruano, com passe de Sheik, foi na estreia na Primeira Liga contra o Atlético-MG. Na ocasião, Emerson deu passe de peito que fez Guerrero dar fim ao seu jejum de quatro meses.
A amizade da dupla não foi abalada pela falta de sintonia atual em campo. Mas o prestígio de Sheik junto ao torcedor precisa ser renovado.
Poupado pelo desgaste, o jogador tem total confiança do técnico Muricy Ramalho e sua barração é improvável, sobretudo com a preparação física atenta ao seu caso.
Identificado com as cores do Flamengo, o atacante teve proposta do futebol chinês e por pouco não deixou o clube. Mais uma vez, Rodrigo Caetano fez esforço para mantê-lo, embora correntes no clube questionassem o custo-benefício do atleta.
Emerson Sheik não escondeu recentemente sua insatisfação com a qualidade do elenco do Flamengo, e questionou a possibilidade de conquista de título na temporada. Com a chegada de reforços, o atleta disse que mudou de ideia, mas o comentário não foi digerido no clube.
Embora viva má fase, Sheik foi o autor do último gol do Flamengo, contra o Madureira, de pênalti. Desde então, o ataque passou em branco, contra Confiança-SE, Fluminense e Atlético-PR. Com ele em boa fase, o Flamengo é outro. Aos 37 anos, o jogador precisa provar seu valor ou vai perder espaço para os mais jovens.