Demitido do Al-Nassr, da Arábia Saudita, há um mês, o técnico Luis Castro quebrou o silêncio sobre a primeira vez em que foi forçado a deixar um trabalho no meio de uma temporada e destacou suas impressões e intenções para o futuro no futebol. O treinador ex-Botafogo destacou ter sido "estranho" deixar o clube com as competições em curso, mas evitou considerar a saída como "injusta".
Em entrevista o jornal Marca, Castro afirmou ser "difícil" apontar onde estará em 2025, mas disse crer que o novo desafio será numa liga em que já atuou no passado: no Oriente Médio, na América do Sul ou na Europa.
— Nós, treinadores, estamos nos clubes até que a Diretoria decida o contrário. Foi estranho porque nunca tinha saído no meio da temporada. Foi difícil para mim me adaptar, mas não penso se foi injusto ou não. Al Nassr sempre nos tratou muito bem — destacou ele. — Em qualquer caso, não tenho preferências [para o futuro]. Quem gosta de futebol tem que estar preparado para tudo. O importante é ir para um clube em que você se sinta amado e respeitado.
Especulado no Flamengo, o treinador negou ao Marca que tenha sido procurado pelo rubro-negro e mesmo rejeitado uma oferta do time por ser "financeiramente muito baixa".
— É totalmente falso. Não sei como podem falar de dinheiro, seja muito ou pouco, se ninguém do Flamengo nunca conversou comigo — destacou Castro.
Conforme apurou o blog de Diogo Dantas, Castro não só vê com bons olhos o retorno ao futebol brasileiro, como já foi procurado por equipes do Brasil no intuito de saberem qual os planos do português para a temporada 2025.
Segundo informações do blog, Castro e seu estafe poderiam aceitar um possível convite do Flamengo, que anunciou Filipe Luís como substituto de Tite até o fim de 2025. O Cruzeiro, de Fernando Seabra, e o Atlético-MG de Diego Milito também estariam entre os interessados para o ano que vem.
Ao Marca, Castro disse ter ficado com a sensação de que, sem o Al Hilal, "as coisas teriam sido diferentes" na Arábia Saudita. Ele disse que sai do país "feliz" porque, além de títulos, o Al Nassr "cresceu como clube em diversas áreas" e "deu tudo de si" nas competições.
O treinador ainda comentou como foi treinar Cristiano Ronaldo e afirmou que o objetivo do craque português de chegar aos mil gols vai depender do "contexto" do futebol em que atuar.
— Cristiano foi, é e será determinado a ser o melhor. Você vê isso todos os dias em todas as sessões de treinamento. Ele tem uma vontade permanente de jogar, quebrar recordes, fazer os gols mais bonitos... Quando você está perto você entende porque ele é um fenômeno. Ele continua decisivo em tudo que faz. Ele sabe que o futebol lhe deu quase tudo e tem um grande amor por isso.